7 em cada 10 brasileiros reduziram gastos desde o início da pandemia, diz CNI
Por outro lado, houve queda no percentual de brasileiros que disseram ter perdido em parte ou totalmente sua renda, de 40% para 31%


Apesar da retomada gradual do comércio em alguns lugares do país, a população brasileira segue enfrentando dificuldades econômicas. Cerca de 71% dos brasileiros afirmam ter reduzido os gastos mensais desde o início da pandemia, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Entretanto, o número indica uma leve melhora frente à maio, quando 74% dos entrevistados disseram ter reduzido as despesas. Caiu também o percentual de brasileiros que disseram ter perdido em parte ou totalmente sua renda, de 40% para 31%. O levantamento aponta que 30% dos brasileiros pediram e estão recebendo o auxílio emergencial, com 33% destes usando o valor para pagar dívidas.
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A maioria da população também acredita que a recuperação econômica ainda nem começou – 67%, segundo a pesquisa. Para 61%, deve demorar pelo menos um ano para que alguma retomada tenha início. A cautela pode ser reflexo da insegurança dos brasileiros no mercado de trabalho: 71% afirmam ter algum medo de perder o emprego.
“A pesquisa reforça a enorme importância de se construir uma agenda consistente, com ações de médio e longo prazo, para a retomada das atividades produtivas e do crescimento do país. Recuperar a confiança do brasileiro, para que ele volte a consumir, é de suma importância para acelerar esse processo”, afirma presidente da CNI, Robson de Andrade.
Apoio ao isolamento
De acordo com a pesquisa, 84% dos brasileiros mantêm apoio ao isolamento social. O percentual de entrevistados que sai de casa apenas para ações essenciais aumentou de 58% para 67% entre maio e julho.
Quanto à reabertura de diferentes comércios de rua, a pesquisa registra praticamente um empate: 49% aprovam e 47% desaprovam. Mas a maioria dos brasileiros desaprova a retomada de outros estabelecimentos, como salões de beleza, bares, shoppings, universidades e cinemas, com percentuais variando entre 57% e 86% de desaprovação.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto FSB Pesquisa por telefone com 2.009 pessoas entre 10 e 13 de julho, com margem de erro de dois pontos percentuais.
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