‘A situação é de guerra, contenção e criatividade’, avalia consultor financeiro
Especialista recomenda parcimônia para lidar com gastos feitos durante este período de pandemia


Em tempo de quarentena, alguns gastos diminuem, como gasolina, bares e shows. Por outro lado, algumas despesas aumentam como consequência, principalmente as contas consideradas essenciais — conta de luz, água, telefone e internet. Devido ao aumento não planejado, muitas pessoas têm relatado dificuldades para conseguir equilibrar as contas em meio à pandemia de COVID-19.
Especialista em equilíbrio financeiro, o consultor Gustavo Carbasi alegou à CNN que o momento é de reoganização e cautela. “Existem algumas iniciativas que estão surgindo, decreto presidencial, garantindo renda mínima para quem está sendo prejudicado e nós temos a condição de redução de alguns itens de consumo, que possa fazer alguma reserva aparecer”
“Alguns itens ficam mais caros, as pessoas se adaptando ao home office, por exemplo, o consumo de energia aumenta, cuidados que facilitam o consumo via delivery, drive thru. Nós vamos passar por um processo, que ainda não sabemos quando irá se encerrar, que exige que qualquer tipo de alívio seja tratado com parcimônia. Se eu tive uma redução em certos gastos, eu não tenho que entender isso como sobra e sim como oportunidade.”, sugere.
Questionado sobre as novas oportunidades para trabalhadores, Carbasi avaliou que o momento é semelhante ao de uma guerra. “É um momento que nunca vivemos. A situação é de guerra, contenção, criatividade e de reduzir radicalmente os gastos. É tempo de reunir as crianças em volta da mesa e pedir sugestões a elas, trocar informações criativas nas redes sociais.”
O especialista também sugere uma valorização do tempo com as crianças e adolescentes, incluindo dicas de atividades para crianças em casa como jogos de tabuleiro, desenhos, pintura e livros. “Esse é um momento de muita conversa, de aproveitar o momento para se organizar melhor, cancelem assinaturas que não são necessárias e escutar mais as crianças e adolescentes. É necessário reduzir radicalmente os gastos, minimzar os gastos, valorizar a conversa com as crianças”, conclui.