Após cinco meses, emissões de títulos do Tesouro Direto superam resgates
Em abril, os novos investimentos somaram quase R$ 3 bilhões, enquanto a retirada de títulos do mercado totalizou aproximadamente R$ 1,4 bilhão
Pela primeira vez em cinco meses, as emissões de títulos do programa Tesouro Direto superaram os resgates de papéis.

Os dados do balanço do Tesouro Direto foram divulgados nesta terça-feira (26), pelo Ministério da Economia. A emissão líquida no mês passado foi de R$ 1,568 bilhão. Este é o maior valor da série histórica, inciada em 2005.
O título mais demandado pelos investidores foi o indexado à Selic, que totalizaram R$ 1,61 bilhão, com participação de 54,2% das vendas. A retirada de títulos antecipados, chamada de recompra, também concentrou papéis indexados à taxa básica de juros. Somando R$ 736 milhões, eles representaram 52,7% do total de recompras.
Com a série de cortes na taxa básica de juros, a Selic, que está atualmente na mínima histórica de 3% ao ano, a remuneração dos títulos públicos recuou. Assim, os títulos comprados antes da queda da taxa de juros valorizaram, deixando mais vantajosa a venda desses papéis.
Investidores e estoque
Com 256.197 novos investidores, o total de cadastrados ao fim de abril alcançou os 6.768.777. O número representa uma alta de 68,9% nos últimos 12 meses. Já os investidores ativos atingiram 1.247.338, subindo 23,9% no mesmo período.
O saldo total de títulos no mercado atingiu os R$ 60,24 bilhões no mês passado, representando alta de 3,09% ante o mês anterior.
Segundo a secretaria do Tesouro Nacional, os títulos remunerados por índices de preços, ou seja, aqueles atrelados à inflação, respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 49,2%. Os títulos indexados à taxa Selic têm participação de 33,1% e os títulos prefixados representam 17,7%.