Biden provavelmente ampliará negociação entre EUA e China, diz ex-embaixador
Luiz Augusto de Castro Neves analisa possíveis mudanças


A eleição do democrata Joe Biden à Casa Branca pode impactar a política externa americana em muitas frentes. A relação com a China, alvo de várias sanções na gestão de Donald Trump, pode mudar de tom. Em entrevista à CNN, Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China e ex-embaixador em Pequim afirmou que é provável que a relação entre os dois países tenha “ampla negociação”.
“(…) É um enorme campo de cooperação. Evidentemente, a atuação de Trump foi muito voltada para a manutenção da hegemonia mundial. É provável que no governo Biden esta relação tenha uma ampliação da negociação entre os dois países´[…] A negocição que houver entre os dois países modulará os outros países. O Brasil tem uma relação intensa [com os dois países]. No entanto,não deve é tomar parte nesta disputa entre os dois.”, afirmou o especialista.
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Segundo o especialista, o republicano Donald Trump trouxe à tona uma relação baseada em “certa agressividade”. No entanto, há uma “intensa colaboração entre os dois países”.
“Provavelmente haverá mudanças processuais e negociais [ entre EUA e China]. Com o presidente Trump, a relação com a China era baseada em certa agressividade. No entanto, a situação é muito diferente, por exemplo, do que havia durante a Guerra Fria. Naquele período, os ganhos de uma parte correspondiam às perdas do outro lado. Em relação com a China, há uma intensa colaboração entre os dois países. Eles têm o maior comércio bilateral do mundo”, completou.
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