Bolsa de Hong Kong sobe, mesmo em meio a tensões envolvendo China e EUA
Na última semana, Trump anunciou que retiraria vantagens comerciais de Hong Kong. A China aprovou lei que afeta a autonomia do território


A Bolsa de Valores de Hong Kong operou em alta nesta segunda-feira, no melhor ritmo observado desde março. Investidores ignoram o impacto das declarações de Donald Trump na última semana, que mencionou retirar privilégios comerciais de Hong Kong em relação aos Estados Unidos. A alta tem explicação também na perspectiva de que as economias da China e de países da região continuarão se recuperando do pior da pandemia de Covid-19.
O índice Hang Seng de Hong Kong subia 3,3% próximo ao fechamento do pregão. Foi a primeira oportunidade que os investidores tiveram de reagir ao anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, na semana passada, de que Washington “iniciaria o processo de eliminação de isenções políticas que dão a Hong Kong um tratamento diferente e especial” da China continental.
A resposta de Trump marcou uma escalada nas tensões entre os Estados Unidos e a China. O presidente americano criticou Pequim por aprovar uma lei de segurança nacional que mina fundamentalmente a autonomia de Hong Kong.
Especialistas apontaram, no entanto, que a ação de Trump provavelmente terá pouco impacto imediato, porque Hong Kong não exporta muitos produtos para os EUA.
Outros índices importantes da Ásia também operam alta nesta segunda-feira. Ainda no pré-fechamento, o Kospi da Coréia do Sul subiu 1,5%, o Nikkei 225 do Japão subiu 1,2% e o Shanghai Composite Index da China subiu 1,7%.