Bolsas asiáticas fecham semana com novas quedas
Coronavírus, guerra de preços do petróleo e restrição americana a voos da Europa foram fatores que derrubaram os mercados


Os pregões desta sexta-feira (13) no mercado asiático mantiveram a tendência observada ao longo de toda a semana. Os principais índices do continente voltaram a registrar quedas, com destaque para Nikkei (Tóquio), que fechou em queda de 6,08%; Hang Seng (Hong Kong), com baixa de 1,14%; e Composite (Xangai), que tombou 1,23%.
Com exceção da terça-feira, todos os dias foram marcados por perdas nas bolsas da região e em todo o mundo. As incertezas econômicas pelo aumento de casos do novo coronavírus (COVID-19) ao redor do mundo foram o pano de fundo para todas as perdas, mas outros fatores colaboraram para agravar o cenário.
Na segunda-feira, o mercado financieiro reagiu com variações negativas ao início da “guerra de preços” do petróleo entre a Arábia Saudita e a Rússia. Como efeito das medidas dos países produtores do óleo, o barril Brent teve sua maior queda diária desde a Guerra do Golfo e derrubou as Bolsas em todo o mundo ao longo do dia.
Após leves recuperações das perdas no início da semana, as Bolsas de todo o mundo tiveram novas quedas após anúncio do presidente americano Donald Trump na qurta-feira. Como medida de prevenção à propagação do coronavírus, os Estados Unidos restringiram voos que ligam o país com a Europa com 30 dias.
A decisão americana gerou ainda mais incertezas nos mercados globais e culminou em mais perdas entre quinta e sexta. No pregão de 12 de março, o índice Ibovespa fechou em queda de 14,78% — pior desempenho desde 1998.