C&A considera vender sua operação no Brasil, diz jornal

Embora importante, o movimento não seria surpresa. Isso porque a matriz da varejista se desfez, recentemente, das operações na China e no México

Os controladores da C&A podem estar de malas prontas para sair do Brasil. Para concentrar os esforços nas operações europeias da companhia holandesa, a família Brenninkmeijer estuda a possibilidade de vender sua participação de 65% na C&A Brasil. 

Embora importante, o movimento não seria surpresa. Isso porque a matriz da varejista se desfez, recentemente, das operações na China e no México. Em mercados emergentes, só restou a operação brasileira. 

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A informação sobre o interesse na venda do ativo no país foi publicada nesta segunda-feira (19) pelo jornal Valor Econômico, que cita fontes ligadas ao assunto, como profissionais de um banco de investimentos. 

Há quase um ano – 25 de outubro do ano passado –, a família que controla a rede reduziu sua participação na empresa de 100% para 65% depois de uma oferta pública de ações (IPO). 

Uma das possibilidades é a venda da operação brasileira para fundos estrangeiros de private equity. Concorrentes também já avaliaram o negócio. O preço pode atrair. As ações não voltaram ao patamar pré-pandemia. Hoje, com a notícia sobre a possível venda da operação, os papéis disparavam mais de 6% às 12h15. 

O uso do dinheiro arrecadado no IPO chamou atenção dos investidores. Apenas 10% dos recursos foram investidos no plano de expansão da rede. O restante foi usado para pagar empréstimos do grupo. 

Ainda que a operação brasileira não seja o foco da C&A, ela é bem relevante no mercado local. A C&A é a quarta maior varejista de moda do Brasil em número de lojas, com 288 unidades. No primeiro semestre, a rede faturou R$ 1,2 bilhões. 

O valor de mercado da C&A no Brasil é de R$ 3,9 bilhões, levando em consideração o fechamento da última sexta-feira. 

Procurada, a C&A disse que “como política, a companhia não comenta rumores ou especulações de mercado”. 

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