Castello Branco: Não haverá demissão em massa na Petrobras
Em coletiva de imprensa, CEO afirmou que principal preocupação é com a saúde dos funcionários e sobrevivência da companhia
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que não haverá demissão em massa de empregados contratados, por conta da crise atual, em que o preço de petróleo sofreu queda abrupta. Em resposta, a empresa optou por cortar 200 mil barris por dia da sua produção, explicou em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (17).
“Não vamos praticar demissão em massa. Nossa principal preocupação é com a saúde dos nossos funcionários e a sobrevivência da companhia”, afirmou o CEO.
Já em relação aos empregados terceirizados, Castello Branco afirmou que não pode responder por eles porque são de responsabilidade das empresas fornecedoras. O executivo disse sofrer perseguição desde que assumiu a companhia com acusações de que promoveria um grande número de demissões.
A Petrobras teve conhecimento hoje de que a Justiça do Trabalho no Rio de Janeiro concedeu uma liminar que impede a aplicação de medidas de redução de despesas com pessoal, determinando que a companhia se abstenha de implementar cortes de jornada e de remuneração.
Dívida
A estatal está focando na redução de custos e do capex para conseguir manter a liquidez no atual cenário de crise no setor de óleo e gás, em que a cotação do petróleo atinge o mais baixo patamar histórico.
Segundo a diretora de Finanças e Relações com os Investidores, Andrea Marques de Almeida, novas linhas de crédito continuam sendo analisadas, mas a principal medida adotada para enfrentar a crise tem sido a redução de custos.
Para isso, a empresa está renegociando contratos com grandes fornecedores, porque a intenção é que os pequenos fornecedores sobrevivam à crise, disse o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.
Em entrevista coletiva com a imprensa, Andrea Marques de Almeida afirmou também que ainda avaliará o efeito da crise na relação entre geração de caixa e dívida da companhia, assim como possíveis baixas contábeis, que serão informadas ao mercado.
*Com informações do Estadão Conteúdo e Reuters