Com restrições, comércio da cidade de SP cai 65,5% em um mês, diz associação
Entidades que representam comerciantes estimam prejuízo e dificuldade na retomada


A Associação Comercial de São Paulo informou nesta sexta-feira (17) que as vendas do comércio paulistano registraram queda média de 65,5% na primeira quinzena de abril, na comparação com o mesmo período do mês passado.
De acordo com o economista da entidade, Marcel Solimeo, os números são reflexo das medidas restritivas impostas pelo governo de São Paulo desde 24 de março. Hoje, o governador João Doria (PSDB) anunciou a extensão da quarentena até o dia 10 de maio.
“Com a prorrogação da quarentena, a queda vai se acentuar e vai dificultar a retomada porque quanto mais tempo ficarmos em quarentena mais a renda das pessoas será afetada”, afirmou ele.
Já a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) afirmou que vê com apreensão a prorrogação da quarentena. Segundo o presidente da entidade, Percival Maricato, os custos das pequenas empresas continuam correndo, mas sem faturamento suficiente.
“Com delivery, uma casa fatura de 10% a 30% da atividade normal. Entendemos que a decisão tem de ser baseada nas informações das autoridade de saúde, mas seria importante o governo começar a estudar quando seria possível uma abertura gradual”, cobrou ele.
Em nota, a Fecomércio afirmou que a prorrogação da quarentena é necessária, mas que o governo de São Paulo precisa adotar medidas emergenciais para a economia.
De acordo com levantamento da entidade, o faturamento do comércio do estado de São Paulo gira em torno de R$ 1 bilhão por dia. Durante a quarentena, o setor deixa de faturar quase R$ 50 bilhões.