Confiança empresarial cai, e a do consumidor tem queda histórica em abril

Levantamento preliminar apontou queda em todos os quatro grandes setores: Indústria, Serviços, Comércio e Construção

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), recuou 27,6 pontos nas duas primeiras semanas de abril, atingindo 53,7 pontos.

O levantamento preliminar traz a percepção dos empresários e dos consumidores sobre os impactos da pandemia do novo coronavírus e suas expectativas para os próximos meses. O resultado parcial é referente à comparação dos dados coletados entre os dias 1º e 13 de abril com o mês anterior.

Segundo economistas, o cenário ideal dos níveis de confiança seria em torno de 200 pontos; um nível neutro estaria por volta de 100 pontos; e o pior deles, perto de 0. Esta estimativa foi feita com base nos indicadores de anos anteriores. 

A queda foi registrada em todos os quatro grandes setores do ICE — indústria, serviços, comércio e construção.

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O saldo negativo foi puxado por indústria e serviços, nos quais a confiança caiu 39,0 e 34,9 pontos, respectivamente. O setor de construção registrou queda de 29,1 pontos e o comércio, de 26,8 pontos.

O índice que retrata a situação corrente dos negócios (ISA-E) também recuou 29,4 pontos, atingindo 62,2 pontos na escala de confiança.

Segundo a pesquisa, a queda no Índice de Expectativas (IE-E) também foi alta: redução de 39,7 pontos, alcançando 48,2 pontos.

Confiança do consumidor

De acordo com a prévia dos resultados da pesquisa, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou os menores níveis da série histórica. Caiu 22,1 pontos, chegando a 58,1.

Ainda em relação aos consumidores, o levantamento apurou que a percepção sobre a atual situação caiu 10,8 pontos, para 65,3.

Além disso, a perspectiva para os próximos meses sofreu redução de 29,1 pontos, atingindo os 54,8 na escala de confiança.

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