Ibovespa perde os 130 mil pontos e dólar sobe 1,06%
IBGE mostrou, nesta sexta-feira, que o setor de serviços cresceu 0,7% em abril na comparação com o volume de março


O dólar subiu 1,06% ante o real na sessão desta sexta-feira para R$ 5,1207.
Na B3, o Ibovespa recuou de 0,48%, para 129.455 pontos. A queda só não foi maior por causa do avanço de 5,1% da Embraer (EMBR3) e de 3,94% da BRF (BRFS3) que figuraram entre os destaques positivos.
Na pauta do dia estava a notícia que o volume de serviços cresceu 0,7% em abril na comparação com o mês anterior. Quando comparado com o nível de abril de 2020, os serviços cresceram 19,8% – o mercado esperava, em média, avanço de 18,1%.
Agora, o mercado se concentra na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que acontece na semana que vem para definir o futuro da taxa Selic.
Por enquanto, a taxa básica de juros está abaixo do ponto neutro, ou seja, estimulando a economia para recuperação. Com o avanço da economia em ritmo maior que o esperado, os especialistas passam a temer um ajuste para além do ponto neutro (entre 5,5% e 6,5%). O ajuste seria necessário para conter a inflação.
O noticiário corporativo foi movimentado nesta sexta-feira.
A Sabesp (SBSP3) informou nesta quinta-feira que seu conselho de administração aprovou uma emissão de debêntures de até R$ 1,2 bilhão. As ações da empresa subiram 2,66% após a notícia.
A BRF (BRFS3) subiu 3,94% notícia do jornal O Globo de que a rival JBS (JBSS3) estuda um contra-ataque à Marfrig para supostamente avançar sobre o controle da dona das marcas Sadia e Perdigão.
A empresa de concessões de infraestrutura Ecorodovias (ECOR3) anunciou oferta de ações com esforços restritos da ordem de R$ 2,3 bilhões, que espera precificar em 22 de junho.
Na Arezzo (ARZZ3), o conselho de administração da empresa aprovou nesta sexta-feira acordo para a aquisição pela sua controlada ZZAB da empresa de moda BAW Clothing por R$ 105 milhões em dinheiro e ações. Os papéis da companhia tinham leve recuo de 0,15%.
As commodities também estão, claro, no radar dos investidores. Os contratos futuros do minério de ferro saltaram nesta sexta-feira para o seu nível mais alto em mais de três semanas, uma vez que uma recuperação nos estoques de aço na China sugeriu que a demanda pela matéria-prima permaneceu forte.
O contrato de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Commodities de Dalian encerrou as negociações com alta de 5,9%, para 1.247 yuanes (195,19 dólares) por tonelada, após atingir seu maior valor desde 19 de maio, de 1.248 iuanes, tendo o segundo aumento semanal consecutivo.
Lá fora
O S&P fechou a sessão com ligeira variação positiva ao fim de uma semana marcada por poucos catalisadores que movimentassem o mercado e por preocupações com a possibilidade de os picos inflacionários persistirem e levarem o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) a endurecer sua política monetária mais cedo do que o projetado.
Segmentos economicamente sensíveis, como smallcaps, e transportes, registraram ganhos sólidos, tendo performance superior ao do mercado de forma ampla. O Dow Jones teve variação positiva de 0,04%, aos 34.479,65 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,19%, aos 4.247,47 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,35%, aos 14.069,42 pontos.
As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta sexta-feira (11) à medida que investidores digeriram os últimos dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, que está no maior nível em quase 13 anos.
O índice acionário japonês Nikkei teve baixa marginal de 0,03% em Tóquio hoje, a 28.948,73 pontos, enquanto o Hang Seng subiu 0,36% em Hong Kong, a 28.842,13 pontos, o sul-coreano Kospi avançou 0,77% em Seul, a 3.249,32 pontos, e o Taiex se valorizou 0,32% em Taiwan, a 17.213,52 pontos.
Na China continental, os mercados ficaram no vermelho, prejudicados por ações ligadas a consumo e comunicações. O Xangai Composto caiu 0,58%, a 3.589,75 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,60%, a 2.407,93 pontos.
Segundo dados publicados ontem, a taxa anual do CPI dos EUA atingiu 5% em maio, superando as expectativas e tocando o maior patamar desde agosto de 2008.
*Com informações da Reuters