Em 5º mês seguido, retiradas de títulos do Tesouro Direto superam novas emissões
Em março, a retirada de papéis do mercado foi R$ 780,9 milhões superior a novos investimentos


Mais uma vez os resgates de títulos do Tesouro Direto superaram as emissões. É o quinto mês consecutivo em que os investidores seguem o movimento de reduzir os investimentos na carteira do Tesouro Nacional. Em março, a retirada de papéis do mercado foi R$ 780,9 milhões superior a novos investimentos.
Enquanto os resgates totais somaram R$ 3,799 bilhões, as vendas de títulos totalizaram R$ 3,018 bilhões. O título mais demandado pelos investidores foi o indexado à Selic, com participação de 47,2% nas vendas. Já a retirada de títulos foi toda em recompras, sem vencimentos. Os dados foram divulgados pela secretaria do Tesouro Nacional nesta sexta-feira (24).
Com a série de cortes na taxa básica de juros, a Selic, que está atualmente na mínima histórica de 3,75% ao ano, a remuneração dos títulos públicos recuo. Assim, os títulos comprados antes da queda da taxa de juros valorizaram, deixando mais vantajosa a venda desses papéis.
Investidores e aplicações
Com 349.727 novos investidores, o total de cadastrados ao fim de fevereiro alcançou os 6.512.580. O número representa uma alta de 71,3% em 12 meses. Já os investidores ativos atingiram 1.213.807, subindo 27,8% no mesmo período.
O saldo total de títulos no mercado ficou em R$ 58,44 bilhões no mês passado, representando uma queda de 0,61% ante o mês anterior.
Segundo a secretaria do Tesouro Nacional, os títulos remunerados por índices de preços, ou seja, aqueles atrelados à inflação, respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 49,7%. Os títulos indexados à taxa Selic têm participação de 32,6% e os títulos prefixados representam 17,7%.