Grupo Mateus abre prazo para desistência do IPO após acidente no Maranhão

No prospecto, o atacarejo diz que poderá sofrer efeitos adversos nos negócios relacionados à imagem e marca. Mas a demanda era três vezes maior do que a oferta

O Grupo Mateus reapresentou o prospecto de sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), acrescentando informações sobre o acidente ocorrido no dia 2 em um dos supermercados da rede em São Luís (Maranhão). Na ocasião, uma funcionária morreu e oito pessoas ficaram feridas. Até o momento não há se sabe o que provocou a fatalidade.

Na nova versão do documento, a companhia deu prazo até o dia 9 de outubro para os investidores aderirem à emissão de papéis; já o encerramento da colocação será no dia 13. O período de reserva pelos investidores não institucionais, por sua vez, passa a ser de 25 de setembro a 7 de outubro. 

“Em virtude do acidente, até o momento, sofremos efeito adverso sobre nossos negócios, em especial à nossa imagem e marca, em virtude da divulgação de notícias e outras manifestações na mídia, inclusive de alcance nacional, redes sociais e outros meios sobre o ocorrido. Além disso, houve perda de mercadorias e danos à infraestrutura e ao maquinário”, escreve a empresa no prospecto.

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A companhia diz ainda que pode sofrer efeito material adverso sobre os negócios, resultados operacionais, caso a marca e imagem sejam negativamente impactadas em razão do acidente ou da forma como ele foi endereçado.

Com demanda forte desde o seu lançamento, a abertura de capital do Grupo Mateus tem ordens perto de três vezes o volume oferecido, se for considerado o piso da faixa indicativa de preço para as ações, estabelecida em prospecto entre R$ 8,97 e R$ 11,66.

Se o IPO do quarto maior atacarejo do Brasil sair por esse valor e forem vendidos os lotes extras, a oferta movimentará R$ 4,8 bilhões. O grupo se posicionará, assim, como a maior abertura de capital na B3 de 2020, até aqui. A estreia da empresa na B3 está prevista para 13 de outubro.

*Com Agência Estado

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