Grupo Pró-Brasil discute mexer em regras fiscais como teto de gastos

Proposta pode flexibilizar regras fiscais para os próximos anos, como o teto de gastos, que limitaria as ações

As conversas no grupo comandado pelo Palácio do Planalto envolvem a elaboração de uma proposta que discuta flexibilizar regras fiscais para os próximos anos, como o teto de gastos. 

A avaliação é que o Orçamento de Guerra, que cria um orçamento paralelo para agilizar as despesas voltadas ao combate ao novo coronavírus, resolve o problema deste ano, mas não permitirá que o plano de resgate à economia seja colocado em prática a partir do ano que vem. 

O Plano Pró-Brasil tem como foco elaborar um conjunto amplo de obras e iniciativas do governo para os próximos anos. Para isso, será necessário injetar dinheiro do governo na economia. E as regras fiscais vigentes, como teto de gastos, serão uma limitação.

O ministro Paulo Guedes, que participa do grupo, é contra a medida. Mas ela é defendida por outros integrantes do grupo comandado pelo ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto. A próxima reunião ocorrerá nesta sexta-feira (24).

Leia e assista também:

Senadores articulam contrapartida de estados e municípios a ajuda federal

Thais Herédia: Guedes tem que se agarrar ao teto de gastos em negociação do Pró-Brasil

Análise: papel de Guedes é fazer com que plano não provoque descontrole fiscal

O governo já anunciou R$ 30 bilhões em obras do Ministério da Infraestrutura pelos próximos três anos. Só para a pasta, seria necessária complementação orçamentária de R$ 12 bilhões. Mas, como mostrou a CNN, o plano não se restringirá a esse montante. O Ministério do Desenvolvimento Regional já mapeou outras 11 mil obras que, se receberem injeção de recursos, poderão ser incorporadas ao Pró-Brasil.

Tópicos