Indústria do etanol vê oportunidade para crescer com nova gasolina mais cara
Presidente da Unica, entidade que reúne as empresas do setor, critica baixa qualidade do combustível fóssil até então importado

A indústria do etanol avalia que pode ter uma oportunidade de ganhar espaço na preferência dos motoristas brasileiros agora que o combustível fóssil passou a ser comercializado com novas especificações, que devem deixá-lo mais caro.
“A nossa padronização era tão deficitária que permitia a importação de derivados (de petróleo) de baixíssima qualidade”, disse Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), à agência Reuters.
“O etanol (hidratado, com adição de água) ganha competitividade com uma gasolina mais cara, além de ter todas as suas externalidades ambientais e sociais”, afirmou o executivo, lembrando que o etanol anidro já ajudava a melhorar a octanagem da gasolina.
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Conforme resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP), passou a ser obrigatório a partir da segunda-feira (3) o valor mínimo de octanagem RON 92 para a gasolina comum.
A nova gasolina terá uma maior eficiência energética, o que significa que será possível percorrer uma distância maior com a mesma quantidade de combustível. E será menos poluente.
O novo combustível custará mais no posto de combustível, mas a ANP afirma que esse custo será compensado pela eficiência energética. A questão é saber se o motorista vai fazer a conta.
(Com a Reuters)
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