Investimentos entre EUA e China caem para mínima de 9 anos por tensão comercial

Fluxo entre os dois países caiu 16,2% para US$ 10,9 bilhões entre janeiro e junho

O investimento entre os Estados Unidos e a China caiu para o menor patamar em nove anos na primeira metade de 2020, atingido por tensões bilaterais que podem ver mais empresas chinesas sob pressão para desinvestir em operações norte-americanas, segundo um relatório.

O investimento, tanto feito diretamente por empresas quanto fluxos de capital de risco, entre os dois países caiu 16,2% para US$ 10,9 bilhões entre janeiro e junho em relação ao mesmo período do ano anterior – também afetado pela pandemia de coronavírus, de acordo com dados da consultoria Rhodium Group.

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É um valor muito inferior aos totais semestrais de quase US$ 40 bilhões vistos em 2016 e 2017. Citando riscos à segurança nacional representados por empresas de tecnologia chinesas, o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, expandiu drasticamente as ações para bloquear as empresas chinesas.

As medidas incluíram colocar a gigante das telecomunicações Huawei Technologies Co Ltd em uma lista de proibições, ameaçando uma ação semelhante para a Semiconductor Manufacturing International Corp e ordenando que a ByteDance, controladora do TikTok, vendesse o aplicativo de vídeos.

“Em um momento de crescente desconforto com a integração de tecnologias EUA-China, inúmeras outras empresas – tanto as empresas chinesas que operam nos EUA quanto as empresas norte-americanas com presença na China podem ser forçadas a desinvestir”, disse o relatório.

O investimento de empresas norte-americanas na China no primeiro semestre caiu 31%, para US$ 4,1 bilhões, enquanto o investimento de empresas chinesas nos Estados Unidos aumentou 38%, para US$ 4,7 bilhões, disse o relatório. Isso ocorreu principalmente devido a um acordo – um consórcio liderado pela Tencent Music comprou uma participação minoritária no grupo Universal Music por US$ 3,4 bilhões.

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