Mercedes-Benz vai aumentar sua participação na Aston Martin nos próximos anos

A Aston Martin estava em péssimas condições antes mesmo de a pandemia do coronavírus atingir a indústria automobilística

A Mercedes-Benz está apostando forte na montadora britânica Aston Martin, atualmente em crise.

As duas empresas confirmaram em declarações que a Mercedes-Benz aumentará sua participação na Aston Martin nos próximos três anos de 2,6% para até 20%.

Em troca das novas ações, a Aston Martin terá acesso às tecnologias e componentes da Mercedes-Benz, incluindo a próxima geração de motores híbridos e elétricos.

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Marca de carro favorita do fictício agente do serviço secreto britânico James Bond, a Aston Martin estava em péssimas condições antes mesmo de a pandemia do coronavírus atingir a indústria automobilística.

A empresa lutou contra a fraca demanda por alguns de seus modelos e uma desaceleração automotiva global. O bilionário da Fórmula 1 Lawrence Stroll socorreu a montadora em janeiro.

O bilionário canadense liderou um grupo que pagou £ 182 milhões (US$ 236 milhões) por 16,7% da empresa. Em seguida, a Aston Martin levantou mais £ 318 milhões (US$ 412 milhões) por meio da emissão de novas ações.

Em maio, a empresa substituiu o CEO Andy Palmer por Tobias Moers, que trabalhava na Mercedes-AMG desde 1994.

No entanto, os investidores não estão convencidos sobre o esforço de recuperação. As ações da empresa entraram em colapso desde que foram listadas em outubro de 2018 – um forte golpe em uma montadora que uma vez buscou uma avaliação em paridade com a Ferrari (RACE)

A Aston Martin disse na terça-feira (27) que sofreu um prejuízo operacional de £ 229 milhões (US$ 297 milhões) nos primeiros nove meses do ano. As ações perderam dois terços de seu valor até agora em 2020.

Moers disse que a parceria com a Mercedes-Benz será fundamental para o futuro.

Segundo um comunicado assinado por Moers, a tecnologia da marca alemã “será fundamental para garantir que nossos produtos futuros permaneçam competitivos e nos permitirá investir com eficiência”.

Para a Mercedes-Benz, que é de propriedade da Daimler (DDAIF), o negócio é uma chance de aprimorar suas credenciais de luxo por um preço modesto. A transferência de tecnologia valeria £ 286 milhões (US$ 371 milhões).

(Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês)

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