‘Saúde é primordial para reabrir SP’, diz coordenador do Centro de Contingência

Carlos Carvalho falou sobre reabertura da economia no estado e da obrigatoriedade do uso de máscara em todos os ambientes

São Paulo chegou nesta quarta-feira (1º) ao centésimo dia de quarentena contra o coronavírus. Em entrevista à CNN, o coordenador do Centro de Contingência, Carlos Carvalho, falou sobre o Plano São Paulo, estratégia do governo do estado para combater a doença, sempre “baseado na ciência e na saúde”. Segundo ele, a parte da saúde é “primordial”, mas a questão econômica também é levada em consideração.

“Se formos comparar a cidade de São Paulo e outras metrópoles do mundo que passaram por essa pandemia, São Paulo foi a única que não sofreu colapso. A saúde tem predominância. (…) A reabertura [da economia] está sendo levada em conta pelo o que o sistema econômico solicitou das áreas que estavam mais vulneráveis, das pessoas que poderiam ter mais sofrimento e menos condição de suportar essa situação”, explicou.

Segundo ele, na quinta-feira (2) serão consolidados os últimos sete dias para ver como está a situação do município. Dependendo do caso, a partir da próxima segunda-feira (6), bares, restaurantes e salões de beleza vão receber autorização para voltar a funcionar, com restrições. A informação já tinha sido antecipada pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), em coletiva de imprensa na sexta-feira (26).

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Uso de máscara

Entrou em vigor hoje a obrigatoriedade do uso de máscara em todos os ambientes — mesmo ao ar livre. As multas serão de R$ 500 para quem for flagrado sem o equipamento de proteção e os estabelecimentos comerciais terão que pagar R$ 5 mil por pessoa sem máscara que permitirem entrar.

Carvalho defendeu a decisão e afirmou que o uso da máscara “foi e é fundamental” para controlar a pandemia.

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“Enquanto não tiver vacina, o que nós podemos fazer para prevenir [o contágio] é [manter] uma distância [mínima] de 1,5 metro [entre as pessoas] e usar máscara. Na fase de flexibilização [do isolamento] eu entendo que as medidas restritivas são muito menos para punir e muito mais para dar um valor adicional à máscara”, explicou.

Segundo ele, serão feitos protocolos para a utilização da máscara em locais públicos, como em bares e restaurantes. “O bom senso vai fazer com que uma pessoa que está no restaurante tomando café da manhã não seja multada”, disse.

(Edição: André Rigue)

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