Moderna, Pfizer, Novavax e outros: queda de até 16% nas ações com a vacina russa

Cotações recuaram nas bolsas com o temor de que as empresas que desenvolvem sua vacina tenham um mercado menor para explorar

Ações da Pfizer e da BioNtech subiram após divulgação de dados de vacina

Ações da Pfizer e da BioNtech recuam nesta terça (11) com a notícia do lançamento da vacina russa
Foto: Brendan McDermid-29.jul.2019-Reuters

A notícia de que o governo da Rússia conseguiu lançar a primeira vacina para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) derrubou nesta terça-feira (11) as ações de empresas de biotecnologia e laboratórios envolvidos no desenvolvimento de um medicamento com o mesmo objetivo.

As ações da Moderna chegaram a recuar perto de 5% na abertura do pregão na Nasdaq. A empresa é considerada uma das mais fortes candidatas a lançar uma vacina e já está na fase 3 de testes com 30 mil voluntários, etapa pela qual a vacina russa não teve que passar para ser lançada.

As cotações fecharam o pregão com queda de 4,22% em relação a terça.

Já os papéis do laboratório americano Pfizer recuaram 1,56% na Bolsa de Nova York. A empresa está em estágio avançado de testes em parceria com a alemã BioNTech, uma companhia de biotecnologia, cujas ADRs recuaram 7,44% na Nasdaq.

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A maior queda cabe à empresa de biotecnologia Novavax, cujas ações recuam 16,26% na Nasdaq.

As ações da J&J tiveram desvalorização de 0,72%.

Quem sofreu menos foi a empresa inglesa AstraZeneca, que desenvolve uma vacina em conjunto com a Universidade de Oxford: as suas ações na Bolsa de Nova York caíram 0,26%.

A razão para a queda das ações é o temor de que, se a vacina russa se mostrar eficaz e bem-sucedida no combate ao novo coronavírus, isso vai reduzir o tamanho do mercado potencial no mundo para os medicamentos em desenvolvimento. E isso vai se traduzir em ganhos menores.

Mas analistas ponderam também que ainda faltam informações e comprovação científica sobre a vacina de Vladimir Putin.

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