7 frases de Quino: ‘Não entendo como desenhei tudo isso’

O cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado Tejón, conhecido como Quino, morreu aos 88 anos. 

Quino era conhecido por ser introvertido, mas durante muitos anos conversou com a imprensa sobre seu trabalho, sobre a Mafalda, sobre envelhecer e até mesmo sobre política.

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Aqui estão algumas das declarações do artista:

1. “Não entendo como desenhei tudo isso”

Falando sobre seus personagens mais famosos, o cartunista disse algumas vezes que sentia como se outra pessoa houvesse desenhado aquelas obras:

“Porque o que eu me pergunto algumas vezes é que eu não entendo como desenhei tudo isso, é como se outra pessoa o tivesse feito…Como eu pensava nessas coisas, de onde tirava? Não sei, não sei. Curioso isso…”

2. Por que virou cartunista? A história do tio Joaquim

“Meus pais chamaram meu tio Joaquim para cuidar de mim e dos meus irmãos enquanto eles iam ao cinema. Como não havia televisão naquela época para nos entreter, naquela noite ele pegou lápis e papel e começou a desenhar, e um mundo que eu nunca havia sonhado se abriu para mim. De um lapisinho pode sair aquilo o que você deseja”.

3. Seu carinho pela Mafalda e outros personagens

“Eu tenho muito carinho pela Mafalda por tudo o que ela me deu, a alegria que ela me deu, o reconhecimento das pessoas, tudo, e também por todos os meus outros personagens, ainda que não aparecessem por não mais do que um dia, ou uma semana, tenho o mesmo carinho por eles.”

4. Sua profissão

Em uma entrevista à CNN em 2012, Quino se definiu como um “jornalista que desenha”

5. Sobre Barack Obama e Hugo Chávez

Sobre política, Quino disse em 2012 que “hoje não se sabe cadê a esquerda, eu acredito que a esquerda está sumindo”. “Entre Hugo Chávez e Barack Obama, eu prefiro o Obama com algumas ideias do Chávez”, adicionou

6.  Quem era a personagem preferida de Quino?

Quino confessou uma vez que sua personagem favorita era a Liberdade, que aparecia ao final das tirinhas. “A Liberdade oferecia muitas possibilidades”.

7. Sobre envelhecer

O desenhista argentino, que em 2009 anunciou sua aposentadoria dos quadrinhos, assegurou que mesmo que as histórias continuassem chegando em sua mente, as limitações físicas, como as cirurgias que teve de fazer nos olhos, não permitiam que ele continuasse trabalhando com o que mais amava.

‘O único motivo que a idade não é terrível é porque você vai entendendo melhor as músicas que escutou a vida toda (…) Você vai descobrindo coisas que antes não descobria”, disse ao jornal argentino El Clarín.

(Texto traduzido. Leia o original em espanhol)