Cuba volta a colocar Havana em lockdown com segunda onda da epidemia

País do Caribe havia conseguido controlar o número de casos depois da primeira onda em abril; medidas incluem proibição de ir para as praias

O governo de Cuba colocou a capital Havana novamente em um rígido regime de lockdown neste sábado (8), depois de um ressurgimento de casos de coronavírus.

As autoridades ordenaram que restaurantes, bares e piscinas fechem mais uma vez, suspendendo o transporte público e proibindo o acesso à praia.

Cuba, considerada uma rara história de sucesso na América Latina pela maneira como lidou e conteve a pandemia de coronavírus, havia aliviado as restrições no mês passado, após os casos caírem para apenas um punhado por dia.

Mas eles voltaram a crescer aos níveis de abril ao longo das últimas duas semanas, com o Ministério da Saúde relatando 59 casos no sábado e dizendo que a situação pode se tornar “incontrolável” se as autoridades não agirem rapidamente.

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O sistema gratuito de saúde de Cuba, baseado nas comunidades, recebeu o crédito pela contenção da primeira onda, junto com medidas rígidas de isolamento dos doentes e seus contatos. O total de casos ficou abaixo de 2.900, com 88 mortes, em uma população de 11 milhões de pessoas.

As autoridades, porém, repreenderam cubanos por terem baixado a guarda depois que o lockdown foi aliviado, sem manter devidamente a distância física ou usar máscaras adequadamente, que são obrigatórias em espaços públicos, e por se reunirem em grandes grupos.

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