Em 1ª audiência pública desde março, papa Francisco faz apelo por povo do Líbano

Cerca de 500 fiéis compareceram ao evento; quase todos usavam máscaras e mantinham o distanciamento social em lugares demarcados

O papa Francisco realizou nesta quarta-feira (2) a primeira audiência pública desde o início das restrições impostas pela pandemia de Covid-19. Ele usou a ocasião para se dirigir ao público do Líbano, um mês após a explosão no porto de Beirute que matou mais de 160 pessoas.

Cerca de 500 fiéis compareceram ao pátio de San Damaso, no Palácio Apostólico do Vaticano. Quase todos usavam máscaras e mantinham o distanciamento social em lugares demarcados. No entanto, muitos quebraram alguns desses protocolos quando Francisco caminhou próximo a eles.

Desde março, o pontífice vinha realizando as audiências virtualmente da biblioteca oficial papal, transmitidas pela internet ou televisão.

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Cerca de 500 fiéis compareceram à audiência pública do papa Francisco
Cerca de 500 fiéis compareceram ao evento; quase todos usavam máscaras e mantinham o distanciamento social em lugares demarcados
Foto: Imprensa do Vaticano – 02.set.2020 / via Reuters

“Após as repetidas tragédias que as pessoas do Líbano já conhecem, soubemos do perigo extremo que ameaça a própria existência do país. O Líbano não pode ser abandonado”, afirmou o papa. Ele pediu que políticos, líderes religiosos e a comunidade internacional se comprometam, “com sinceridade e transparência”, com a reconstrução do país.

Ele também pediu solidariedade em meio à batalha contra a Covid-19. “A pandemia atual tem ressaltado nossa interdependência: estamos todos ligados uns aos outros, para o bem ou para o mal. Com isso, para sair desta crise melhores que antes, precisamos fazê-lo juntos, todos nós, em solidariedade”, afirmou.

Francisco também anunciou que esta sexta-feira (4) será um dia de oração e jejum pelo Líbano, e que enviou o seu secretário de estado, o cardeal Pietro Parolin, a Beirute para representá-lo na data. O pontífice ainda convidou membros de outras religiões para participar da celebração.

(Com informações de Hada Messia, da CNN, em Londres, e Sharon Braithwaite, da CNN, em Londres, e Reuters)

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