Epicentro da pandemia na Austrália zera casos e mortes por Covid-19
Pela primeira vez desde 9 de junho, estado de Victoria, onde fica a cidade de Melbourne, não contabiliza nenhuma nova infecção pelo novo coronavírus


Considerado o epicentro da Austrália na pandemia, o estado de Victoria não registrou nenhum caso ou morte por coronavírus nesta segunda-feira (26). Essa é a primeira vez que o estado não contabiliza nenhuma nova infecção desde o dia 9 de junho, há 139 dias.
A média de casos registrados nos últimos 14 dias foi de 0,2 em Victoria e 3,6 na Região Metropolitana de Melbourne, segundo o governo. Em comparação, a média registrada nos Estados Unidos – país com mais casos de Covid-19 no mundo – na última semana foi de 68 mil infecções diárias.
Para o premiê de Victoria, Daniel Andrews, a realização de testes foi fundamental para chegar a este resultado.
“Quero agradecer a todos que fizeram a coisa certa pela comunidade e pelo estado ao realizarem o exame. Também quero agradecer às enfermeiras, técnicos de laboratório, cobradores, mensageiros – todos que têm trabalhado 24 horas por dia para processar esses testes”, afirmou, em nota.
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“Por causa desse esforço, conseguimos obter os resultados mais rápido do que. Esses resultados nos dão confiança de que, mesmo que identifiquemos casos positivos, estaremos firmemente no controle do combate ao vírus”, disse Andrews.
Após Victoria zerar os diagnósticos positivos, Andrews anunciou que a capital Melbourne sairá do lockdown. A região entrará na Terceira Etapa do plano governamental, que passa de “fique em casa” para “fique seguro”, sem restrições de saída dos cidadãos e sem toque de recolher.
Melbourne nesta etapa a partir das 23h59 de terça-feira (27). Nesta fase, cafés, restaurantes e pubs estão autorizados a reabrir. Estabelecimentos externos deverão operar com limite de até 50 pessoas, enquanto internos de até 20. Além disso, serviços de varejo, beleza e cuidados pessoais também podem ser retomados.
“Queremos alcançar o estado normal até o Natal e, agora, estamos no caminho certo para fazer isso”, disse o premiê regional. “É por isso que temos que continuar – todos nós. Compreendendo que, embora as restrições possam diminuir, nossa responsabilidade pessoal não diminui”, completou.
(*Sob supervisão de Giovanna Bronze)