Expulsão de diplomata provoca crise entre Cuba e Colômbia
Governo colombiano é acusado de mudar foco dos confrontos
O governo do presidente da Colômbia, Iván Duque, expulsou o diplomata cubano Omar Rafael García Lazo, que trabalhava como primeiro secretário da embaixada da ilha em Bogotá. A chancelaria da Colômbia alega que Lazo desenvolvia atividades incompatíveis com as relações diplomáticas, mas não especificou quais eram.
A decisão provocou uma crise na relação entre os dois países. Nesta sexta-feira (7), Cuba convocou seu embaixador na Colômbia em protesto contra a decisão. Pelas redes sociais, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parilla, acusou o governo Duque de expulsar o diplomata “para desviar a atenção” dos protestos que ocorrem na Colômbia.
“A ação injustificada pretende desviar a atenção da comunidade internacional e da sociedade colombiana das violentas manifestações de repressão por parte dos militares e das forças policiais, que matou dezenas e feriu centenas”, disse Parilla no Twitter.
Nos últimos anos, Cuba enfrentou acusações de fomentar protestos de oposição em países de governos de tendência conservadora, como Equador e Bolívia. A mídia estatal cubana tem dado ampla cobertura aos protestos na Colômbia, que se iniciaram contra uma, agora cancelada, reforma tributária.
A organização internacional Human Rights Watch afirma que reportou 36 mortos nos protestos na Colômbia, que seriam marcados, segundo a entidade, por uma violência policial “alarmante”.
