G20 usará videoconferência para realizar cúpula sobre combate ao coronavírus

Grupo das 20 maiores economias do mundo, do qual o Brasil faz parte, se reúne na quinta-feira (26)

Líderes do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo — do qual o Brasil faz parte —, vão se reunir na próxima quinta-feira (26) para negociar uma resposta coordenada à pandemia do novo coronavírus (COVID-19). A reunião será realizada por videoconferência, pela manhã.

Amanhã (25), representantes dos 20 governos já participam de uma reunião preparatória. O Planalto ainda não confirmou a participação do presidente Jair Bolsonaro no evento, para o qual outros mandatários, como Vladimir Putin, já reservaram espaço em suas agendas. 

Segundo a diplomacia da Arábia Saudita, país que atualmente preside o G20, o grupo vai agir de “todas as maneiras necessárias para aliviar o impacto da pandemia”. É esperado que o plano de ação a ser apresentado amanhã conte com um pacote de políticas públicas voltadas para a proteção das pessoas e também para salvaguardar a economia mundial dos efeitos negativos gerados pela pandemia.  Ao final do encontro, a cúpula do G20 deverá emitir uma declaração conjunta com um plano de ação do grupo para reagir à emergência de saúde global. 

A cúpula desta quinta-feira é um desdobramento de uma série de reuniões que vêm sendo realizadas por autoridades dos países que compõem o G20. Na segunda-feira (23), o bloco reuniu os presidentes de bancos centrais e ministros de finanças. No encontro, todos concordaram em desenvolver um plano para combater a crise financeira internacional desencadeada pela COVID-19. 

Os países também discutiram maneiras para enfrentar o endividamento junto a outros países e organismos multilaterais — como o FMI (Fundo Monetário Internacional) —, uma vulnerabilidade que atinge especialmente países de baixa renda. É o caso da Argentina, por exemplo, que pediu socorro ao FMI em fevereiro para renegociar sua dívida, pleito que recebeu o apoio brasileiro. 

Ainda no âmbito financeiro, o G20 pretende pressionar o FMI e o Banco Mundial para que apliquem todos os recursos disponíveis e explorem outras medidas para apoiar a estabilidade financeira em países emergentes.