‘Não conseguimos assimilar’, diz descendente de libanês após explosão em Beirute

Comerciante Mohamed El Kadri relatou o drama na busca por informações de familiares que moram próximos ao local da tragédia na capital do Líbano

O porto de Beirute, no Líbano, foi alvo de uma forte explosão na terça-feira (4). No Brasil, a comunidade libanesa está atenta às notícias. Em entrevista para a CNN, o comerciante Mohamed El Kadri, que vive em São Paulo e tem familiares que moram na capital libanesa, relatou o drama ao ser informado da tragédia.

“A notícia [sobre a explosão] chegou muito rápido para mim. Foi uma coisa chocante. Beirute é a namorada do Oriente Médio. Fico emocionado até quando falo novamente. O Líbano não merece isso e é uma situação triste e trágica, que não conseguimos assimilar. Aquilo tudo se foi com a explosão”, contou. 

Leia também:

Comparativo de imagens mostra o tamanho dos estragos em Beirute após a explosão

Explosão em Beirute: número de mortos chega a 108, diz Ministério da Saúde

Vídeo mostra impacto de explosão em igreja durante missa no Líbano

O comerciante conta ainda que passou a noite conversando com amigos e familiares e que, de acordo com relatos, a fumaça da explosão estava chegando ao Vale do Bekka, distrito da capital Beirute. 

“Eles estão cerca de 35 km de Beirute, no Vale do Bekaa, e ontem fotografaram vídeos da fumaça chegando na nossa região. As pessoas estão assustadas porque mesmo com várias guerras, esta explosão foi um impacto muito grande nas pessoas, maior do que o efeito de uma guerra tradicional”, finalizou.

O Itamaraty declarou, na tarde de terça-feira, que não há notícia de brasileiros mortos ou feridos em Beirute até o momento. 

“O Ministério das Relações Exteriores acompanha com atenção os acontecimentos na cidade e está pronto para prestar a assistência consular cabível”, disse, em nota.

(Edição: André Rigue)

Tópicos