No México, mais de 100 pessoas morrem por consumo de álcool adulterado

Investigação em curso tenta determinar origem da bebida e obter informações sobre armazéns clandestinos

Mais de 100 pessoas morreram no México nas últimas semanas após consumirem bebidas alcoólicas supostamente adulteradas, segundo as autoridades locais.

Vários estados do México registraram mortes relacionadas a álcool contrabandeado, como Jalisco, Puebla e Morelos, disseram funcionários de governos locais, conforme medidas para deter o avanço do novo coronavírus têm prejudicado a produção de cerveja no país.

O álcool pirata potencialmente fatal contém substâncias perigosas, como o metanol em alguns casos, e está sendo distribuído enquanto fabricantes de cerveja, como Heineken e o Grupo Modelo, suspendem sua produção em acordo com as diretrizes do governo para interromper atividades não essenciais.

Em Puebla, ao menos 62 pessoas ficaram intoxicadas nas últimas semanas depois de consumirem bebidas alcoólicas que estariam adulteradas. Dentre esses indivíduos, 50 morreram, de acordo com um comunicado do governo, divulgado nessa quinta-feira (14).

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O governador de Puebla, Miguel Barbosa, disse em uma entrevista coletiva que já foi iniciada uma investigação sobre os armazéns “clandestinos” que produzem a bebida e as empresas que a comercializam.

“Quem terá autorização das autoridades para produzir substâncias venenosas?”, questionou Barbosa, reiterando sua postura de que o governo está investigando toda a informação disponível porque “o custo para a sociedade de Puebla é enorme”.

No estado de Jalisco foram reportadas ao menos 38 mortes nas últimas semanas, com 97 pessoas intoxicadas por álcool supostamente adulterado, informaram as autoridades de saúde estatais em um comunicado publicado na quarta-feira (13).

Já em Morelos foram 18 mortos pelo mesmo motivo, segundo autoridades locais, que acrescentaram que outras 10 pessoas permanecem hospitalizadas e em estado grave.

De acordo com o governo de Morelos, o procurador do estado está em coordenação com as autoridades de Puebla para tentar determinar a origem do álcool adulterado.

(Com Reuters)

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