Políticas em educação poderiam evitar queda de IDH brasileiro, diz economista
Betina Barbosa, economista-chefe da unidade de desenvolvimento humano do Pnud no Brasil, falou à CNN sobre a queda do Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil
O Brasil apareceu na 84ª posição entre os 189 países no ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgado nesta terça-feira (15).
Para a economista-chefe da unidade de desenvolvimento humano do Pnud no Brasil, Betina Barbosa, políticas públicas na área educacional poderiam minimizar ou até mesmo evitar essa queda do IDH brasileiro, que, ela destaca, ainda é considerado alto pelos critérios da ONU.
“O índice é composto por três dimensões de indicadores: renda, saúde e educação. Em educação, nós estamos crescendo a passos muito apertados. De fato, o país precisaria se debruçar melhor sobre suas políticas públicas na área”, diz em entrevista à CNN.
Leia também:
Brasil cai cinco posições e agora é o 84º no ranking de IDH da ONU
Veja o ranking completo dos 189 países por IDH
Betina complementa que políticas em educação também se refletiriam nos índices de renda e, dessa forma, impulsionariam o IDH do Brasil. “Uma vez que possamos adotar políticas públicas mais efetivas na área da educação, não só teremos performance melhor nessa área, mas afirmo que podemos melhorar no desempenho geral da economia porque estaremos mais qualificados em empregos, que vão gerar mais renda para o trabalhador”, destaca.
Para o próximo IDH, a economista acredita que, de forma geral, todos os paises terão recuo por causa dos impactos da pandemia do novo coronavírus.
“Esperamos, em um cenário global, que vai haver uma queda do IDH para todos os países porque a pandemia trouxe problemas graves às três dimensões do índice. Em educação, por exemplo, 80% das escolas do mundo estão fechadas.”

(Publicado por: André Rigue)