Waack: Biden ou Trump, quem vencer nos EUA terá que enfrentar a China
Seja o democrata ou o republicano a triunfar na eleição presidencial norte-americana, terá que lidar com o desafio de uma Pequim cada vez mais forte
No quadro CNN Poder desta terça-feira (3), na CNN Rádio, William Waack analisa o significado da eleição presidencial no Estados Unidos caso o vencedor seja o republicano Donald Trump ou o democrata Joe Biden.
“As eleições americanas estão, na verdade, terminando nesta terça-feira (3). Elas começaram semanas atrás e registraram uma participação recorde, o que, provavelmente, favorece o candidato democrata, Joe Biden, à frente em quase todas as pesquisas de intenção de voto”, disse.
“Trump, em boa medida, é a expressão de um resultado, não é o criador dele. Trump é a expressão de uma sociedade americana que se cansou de ser líder de planeta, se desinteressou de levar adiante uma agenda que durou quase 70 anos: a ordem liberal internacional”, completou.
O jornalista disse não minimizar ou negar a intervenção em guerras, apoio a ditaduras ou o desrespeito aos direitos humanos de governo norte-americanos. “Estou falando de uma situação geral que dura mais de 2/3 de um século. Isso acabou coincidindo com Trump.”
Ele disse ainda que, seja quem for o vencedor, terá que enfrentar uma adversária gigantesca: a China. “E aí, entre Trump e Biden, não há muita diferença. Ambos pensam que a China tem que ser enfrentada, contida e tratada como adversária.”
Voltando para as eleições: por que são tão decisivas? Porque se trata, no fundo, de saber se os EUA voltou ou não a ser o que já foram. Na definição de poetas do século 19: “a cidade cheia de luzes no alto da colina”.
