28 pessoas em situação de rua já morreram por coronavírus na cidade de SP
A prefeitura diz que, na pandemia, criou 1.072 novas vagas de acolhimento, sendo 672 em oito equipamentos emergenciais, e outras 400 em 4 CEUs


Desde o início da pandemia, em março, ao menos 28 pessoas em situação de rua morreram pelo novo coronavírus na capital paulista, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.
Além disso, até a primeira quinzena de junho, 441 moradores de rua passaram pelo Centro de Acolhida, local criado para casos suspeitos da doença, e outros 115 foram encaminhados para o espaço que cuida dos casos confirmados.
Os moradores de rua que apresentam suspeitas de síndrome gripal com sintomas leves são encaminhados aos centros de acolhimento, enquanto aqueles com sintomas graves são encaminhados diretamente às unidades de saúde.
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A prefeitura diz que, na pandemia, criou 1.072 novas vagas de acolhimento para pessoas em situação de rua, sendo 672 em oito equipamentos emergenciais, e outras 400 em quatro Centros Educacionais Unificados (CEUs), com funcionamento 24 horas por dia.
Um dos locais fica na região da Lapa, e é destinado para receber pessoas com suspeita de Covid-19, hoje com 51 pessoas. O outro fica na região da Vila Clementino e atende pessoas com diagnóstico positivo. Atualmente, há 11 pessoas na unidade.
O Programa Consultório na Rua também foi ampliado, aumentando o número de equipes médicas de 18 para 25, para melhorar o atendimento à essas pessoas. As equipes, que incluem assistentes sociais, agentes de saúde e atendente administrativo, providenciam consulta médica e orientação sobre a Covid-19 nas seis Coordenadorias Regionais de Saúde do município (Centro, Leste, Oeste, Norte, Sul e Sudeste).
Segundo o Censo da População em Situação de Rua de 2019, há 24.344 moradores de rua na cidade de São Paulo. Destas, 11.693 estão acolhidas e 12.651 em logradouros públicos ou na rua. O número aumentou 53% desde o último censo realizado em 2015, quando foram identificadas 15.905 pessoas nesta situação.