Costin: religião não necessariamente prejudica atuação de Milton Ribeiro no MEC

Ela ainda falou sobre a educação básica e superior no pós-pandemia que, na avaliação dela, precisarão de coordenação conjunta do MEC e com a Saúde

A diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Claudia Costin, disse à CNN que “não é o ideal” que um ministro da Educação seja filiado a uma denominação religiosa, como é o caso de Milton Ribeiro, nomeado nesta sexta-feira (10) para chefiar a pasta.

No entanto, afirmou que isso “não necessariamente” prejudica a atuação dele como ministro, “se entender, como ele entende porque fez direito constitucional, que o Estado é laico, e que a religião vai se beneficiar mais dos conhecimentos de direito e de educação que ele tem do que propriamente do fato dele ser um pastor presbiteriano”.

Segundo ela, a pandemia do novo coronavírus não só gerou uma crise sanitária e econômica, como educacional, e em países que possuem bons sistemas educacionais, há uma coordenação da resposta educacional à Covid-19 por parte do Ministério da Educação. E isso, na avaliação dela, está ausente no país.

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Costin disse ainda que a agenda do novo titular do MEC não é pequena, tanto na educação básica quanto na superior.

“Vai ter um momento muito delicado nos próximos meses que é a volta às aulas, que vai precisar de diretrizes fortes, tanto do Ministério da Educação quanto o da Saúde, que está sem titular ainda”, ressaltou. 

Na avaliação da educadora, as pastas terão que se coordenar para preparar protocolos sanitários e pedagógicos para ajudar as várias redes de ensino que existem no Brasil, inclusive para coordenar a própria rede de escolas e institutos de ensino superior federais.

(Edição: Bernardo Barbosa)

 

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