Ex-secretário é indiciado pelo assassinato de candidato a vereador em Patrocínio
Cássio Remis foi baleado por Jorge Marra no dia 24 de setembro pouco após realizar uma live para denunciar irregularidades na prefeitura


A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito que investiga a morte do candidato a vereador Cássio Remis, que foi baleado no dia 24 de setembro em Patrocínio. O ex-secretário de Obras da cidade Jorge Marra foi indiciado por homicídio, porte ilegal de arma de fogo e roubo.
Jorge, que também é irmão do atual prefeito de Patrocínio, Deiró Marra, matou Cássio após uma live em que ele denunciava irregularidades na prefeitura. O delegado Valter André, que conduziu o caso, acredita que o crime foi motivado por questões políticas, mas que o assassinato não pode ser considerado crime político por não apresentar relação direta com o pleito eleitoral.
A Polícia Civil também confirmou que Cássio Remis pode ter sofrido ameaças antes do crime acontecer.
No total, foram mais de 25 oitivas e 15 laudos periciais analisados.
O celular de Cássio Remis ainda não foi encontrado, o aparelho foi roubado por Jorge Marra enquanto ele fazia a transmissão ao vivo.
O envolvimento de um ex-prefeito de Perdizes também está sendo investigado pelos policiais. No dia do crime, o carro dele estava na frente à casa do político.
Durante três dias, Jorge Marra ficou foragido e se entregou após negociar sua rendição. O autor do crime está preso, desde então, no presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas.
O caso
Cássio Remis morreu na tarde do dia 24 de setembro, após ser baleado pelo então secretário de Obras de Patrocínio, Jorge Marra. Antes de morrer, a vítima estava fazendo uma transmissão ao vivo e disse que funcionários da Prefeitura eram usados para fazer serviços particulares em frente a uma casa que seria o comitê de campanha do prefeito, Deiró Marra.