Familiares de Emily e Rebecca se reúnem com Defensoria Pública

Até agora, cinco policiais militares que estavam no local foram ouvidos pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense

Familiares de Emily Victoria, de 4 anos, e Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 7 anos, mortas em um tiroteio em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, se reúnem neste momento com integrantes da Defensoria Pública do Rio. Participam do encontro defensores do Núcleo de Defesa de Direitos Humanos e o ouvidor-geral da instituição. 

Ainda não há data marcada para que familiares das meninas, que eram primas, prestem depoimento à Polícia Civil. Até agora, cinco policiais militares que estavam no local foram ouvidos pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Cinco pistolas e cinco fuzis foram apreendidos e passarão por perícia. 

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De acordo com a decisão do Supremo Tribunal Federal que suspendeu a realização de operações policiais em favelas do Rio durante a pandemia, casos como os das mortes  Emily e Rebeca, ou seja, quando as vítimas são crianças e há possível envolvimento de policiais,  devem ser prioridade dos investigadores. 

A decisão também prevê que o Ministério Público instaure uma investigação independente em casos do tipo. Em nota, o MPRJ informou que acompanha as investigações, em contato com a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, e que aguarda o repasse dos primeiros autos para distribuir entre as promotorias. 

Em 2020, dados da plataforma Fogo Cruzado indicam que 22 crianças foram baleadas no Rio de Janeiro. Oito delas morreram – todas negras e moradoras de favelas da região metropolitana fluminense.

 

 

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