Fiscalização de lockdown tem que ser do estado, diz prefeito de Diadema
Lauro Michels avaliou o cenário do novo coronavírus no estado


A cidade de Diadema, que integra ao ABCD Paulista, foi proibida pela Justiça de relaxar as medidas de isolamento contra o novo coronavírus. O prefeito, Lauro Michels (PV), chegou a publicar um decreto no dia 22 de abril autorizando a reabertura de parte dos estabelecimentos comerciais não essenciais no município, mas dois dias depois, a pedido do Ministério Público Estadual, foi proibida a reabertura.
No pedido, a promotora sustentava que a cidade não tinha condições de suportar eventual aumento no número de pacientes em UTIs.
À CNN, Michels comentou a decisão e afirmou que, a partir de agora, “seguirá o que o estado de São Paulo determinar”. O político também cobrou um posicionamento quanto a efetividade do lockdown para que a população saiba de forma transparente sobre a medida.
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“Nós vamos seguir aquilo que o estado determinar. Até porque tentamos flexibilizar os terceirizados, o MP entrou com ação, perdemos e não recorremos. Porém, queremos saber se efetivamente este lockdown vai ter efeitos positivos para a população. A curva a cada dia está sendo prorrogada e a população de baixa renda não aguenta.”
“O lockdown não pode ser decisão de uma cidade ou região, ele tem que ser uma decisão e fiscalização do estado, pois até mesmo a minha fiscalização ficará precária em relação a tudo isso ,por não ter pessoal suficiente”
Com 70% dos leitos já ocupados devido o avanço da doença, o político avaliou o cenário da saúde no município. “Quando a saúde do Brasil teve folga? Temos 30 leitos de UTI cadastrados na cidade. Pelo menos 10 leitos foram solicitados com dinheiro da prefeitura de Diadema, sem governo do estado ou federal”
De acordo com último boletim, Diadema já registrou 650 casos confirmados e 51 mortes por Covid-19.