Mais de 6 milhões de caixas de cloroquina foram distribuídas no Brasil
A hidroxicloroquina não possui eficácia comprovada cientificamente contra a Covid-19


O Ministério da Saúde distribuiu mais de 6 milhões de caixas de cloroquina e hidroxicloroquina desde o começo da pandemia pelos estados e municípios brasileiros. Os dados foram passados pela pasta em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (29).
Mesmo sem comprovação científica de eficácia, desse total, 5,8 milhões foram de cloroquina e 289 mil de hidroxicloroquina. Outro medicamento repassado é o Oseltamivir. Foram 17,9 mi.
Em relação ao orçamento, o Ministério já repassou R$29,7 bilhões. Na esfera municipal, foram R$ 19,9 bilhões. Para os estados, R$9,8 bi.
Tendêcia de queda
Pelos números epidemiológicos, o Ministério da Saúde apresentou as quedas nas médias de casos e mortes. Nos dois casos, as últimas 6 semanas foram positivas e trouxeram baixas nas duas curvas.
Desde 26 de fevereiro, tivemos 5.468.270 de casos, com aumento de 28.629 nas últimas 24 horas. Em relação às mortes, o número chegou a 158.456, com acréscimo de 510 de ontem para hoje. Entre os recuperados, 4.934.548. Já as mortes investigadas chegaram a 2.361.
Perfil dos infectados
A maioria é feita de homens, com mais de 60 anos, da cor parda. Entre os profissionais de saúde, os que mais são afetados são os técnicos em saúde e auxiliares de enfermagem.
Leia e ouça também:
Butantan produzirá 1 milhão de doses da Coronavac por dia, diz secretário
Podcast: A disputa sobre a obrigatoriedade de uma vacina que ainda nem existe
Waack: O que chega no Brasil antes?
Teste reprova 80% das amostras em álcool em gel
Hospital referência da Covid-19 no Amazonas tem 98% de leitos ocupados
Doenças respiratórias
Outro recorte apresentado foi o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Dentre todas as doenças pulmonares e virais, até agora, a que mais matou brasileiros foi a COVID-19, com 70%. Em relação ao método de investigação dessas mortes, a que melhor identificou as causas foi a laboratorial, com 93,5%.
Testes de diagnóstico
Falando em laboratório, o Ministério da Saúde não alcançou ainda nem metade da meta que imaginava em abril, com os antigos ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, que prometeram distribuir 46 milhões de testes no país. Ao todo, a pasta conseguiu repassar 18.575.178 testes. Desses, 7.983.856 foram de RT-PCR.
A média das últimas 5 semanas, foram feitos 200 mil testes PCR por semana e 27 mil por dia.
Programa Vigiar
O MS também lançou um novo programa de Vigilância em Saúde chamado “Vigiar”. O investimento será de R$ 1,5 bilhão e pretende reforçar a detecção do vírus e as medidas de prevenção. Uma das realizações será implantar 1 epidemiologista para cada 200 mil habitantes. Dessa forma, a pasta vai ultrapassar a meta do Regulamento Sanitário Internacional.