‘Manter escolas fechadas serviu para preservar vidas em SP’, diz secretário

Bruno Caetano, secretário municipal de Educação de São Paulo, reforçou a fala de Covas

São Paulo pode se tornar a cidade do mundo que mais tempo ficou com suas escolas fechadas. Para o prefeito da cidade, Bruno Covas (PSDB), a comparação não importa, uma vez que a decisão de reabrir ou não as unidades de ensino é exclusiva das autoridades sanitárias.

Em entrevista à CNN, na manhã desta sexta-feira (31), Bruno Caetano, secretário municipal de Educação de São Paulo, reforçou a fala de Covas e disse ainda que manter as escolas fechadas tem “servido para a salvar vidas”.

“Os principais especialistas em saúde pública do Estado de SP entendem que se não faltou nenhum leito, respirador ou algo da saúde até agora na cidade foi porque a prefeitura ampliou a sua estrutura de saúde. Além disso, também fechamos as escolas e garantimos um isolamento bastante importante para que São Paulo pudesse trilhar este caminho. Ainda é difícil para todo mundo, mas isso tem servido para preservar vidas”, explicou.

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Diversos setores já retomaram as atividades na capital paulista. Questionado sobre a diferença entre a reabertura de outros segmentos e a volta da educação presencial, o secretário ponderou.

“São atividades muito diferentes. Na escola a gente tem uma integração, interação entre estudantes e professores por vários momentos. Mesmo assim, com todas as minutas de protocolo elaboradas, ainda não temos autorização das autoridades da Saúde para reabrir as escolas. Temos a salas de aula com 30 a 45 alunos e mesmo que a gente faça a divisão e rodízio destas turmas, ainda não é adequado abrir as escolas”

Bruno Caetano afirmou ainda os pais têm a possibilidade de escolher se os filhos retomam as aulas presenciais, quando for possível, ou permanecem em casa. 

“Os pais, em qualquer hipótese, já tem esta possibilidade de escolha. A legislação já permite que estudantes faltem um certo percentual de dias do ano. Na prática, não tivemos muitas aulas presenciais este ano, este ‘bolsão de faltas’ está intacto. Portanto, quando as escolas reabrirem, as famílias que decidirem não mandar os seus filhos, não poderão ser penalizadas”, finalizou.

(Edição: Sinara Peixoto)

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