Na fase amarela, Indaiatuba (SP) tem 95% dos leitos de UTI ocupados
Apenas duas das 38 vagas nas redes pública e privada estão disponíveis em município da região de São Paulo
Apesar de estar numa fase intermediária do Plano SP, a cidade de Indaiatuba, que tem 256 mil habitantes, está praticamente sem leitos de UTI para atender pacientes com Covid-19. Apenas duas das 38 vagas nas redes pública e privada estão disponíveis. “Nessas duas últimas semanas o número de casos e internações aumentou mais. Chegamos a 100% de ocupação”, informou o Diretor de Atenção Especializada Média e Alta Complexidade da Secretaria Municipal de Saúde de Indaiatuba, Luiz Finotti.
Desde dezembro, Indaiatuba opera no limite da capacidade de leitos de UTI para Covid-19. As únicas vagas disponíveis nesse momento ficam no Hospital Augusto de Oliveira Camargo. Com tendência de alta nos casos e internações, a alternativa é contratar novos leitos na região. O que pode não ser uma tarefa tão fácil. “Existe planejamento, mas toda região está sobrecarregada”, afirma Finotti.

Indaiatuba pertence a região de Campinas que também tem altas taxas de ocupação de leitos de UTI. A fase de retomada econômica é a amarela, assim, como a dos municípios da Grande São Paulo e das regiões de Araçatuba, Baixada Santista, Registro e Sorocaba.
Na fase amarela estabelecimentos comerciais podem abrir até as 22h, com 40% de ocupação. Os bares têm que fechar as 20h. Nas sexta-feira o governo paulista anunciou mudanças para restaurantes e lojas de conveniência, que agora estão autorizados a vender bebidas alcoólicas até as 22h.
Outras regiões do interior do estado enfrentam situação ainda mais crítica. Presidente Prudente e Barretos regrediram para a fase vermelha do plano de retomada econômica, com ocupação de leitos de UTI acima de 80%. Bauru permanece no nível mais restritivo. E na cidade de Araraquara, vale até o fim desta terça-feira, o lockdown total, com tudo fechado, inclusive serviços essenciais.
As demais regiões permanecem na fase laranja, com várias restrições, entre elas, a proibição do consumo de bebidas alcóolicas em bares. Para o diretor executivo do Comitê de Contingência da Covid-19 no estado de São Paulo, João Gabbardo, o momento é de muita preocupação. “A capital e a Região Metropolitano têm se controlado bem, mas as regiões do interior estão muito preocupantes. Se não tomarmos medidas, a transmissibilidade pode chegar na capital e região metropolitana. Por isso, devemos antecipar algumas medidas”.