‘Não podemos baixar a guarda’, diz secretário de Saúde sobre pandemia em SP

Caso haja uma evolução no número de casos, comprometendo os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), flexibilização poderá retroceder

O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, falou em entrevista à CNN nesta segunda-feira (10) sobre a retomada das atividades no estado em meio à pandemia do novo coronavírus e afirmou que a população não pode “baixar a aguarda”. 

Caso contrário, disse ele, se houver um aumento do número de casos, comprometendo os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), poderá ocorrer uma “inflexão”, e o estado pode retroceder para fases com restrições “muito maiores”.

O secretário reconheceu que a população está cansada, mas afirmou que estamos no meio do caminho. Por isso, é preciso continuar respeitando o distanciamento social, utilizar máscara, higienizar bem as mãos com água e sabão e, sempre que necessário, passar álcool em gel. 

“Nós fizemos um pacto com a sociedade que era: fiquem em casa enquanto preparamos as instalações de saúde para que vocês possam sair. A flexibilização é uma forma gradual e progressiva para que as pessoas possam sair com segurança”, explicou. 

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Conforme o governo João Doria (PSDB) divulgou nesta segunda, pela 4ª semana seguida, as taxas de ocupação dos leitos de UTI permanecerem abaixo de 60%: a média do estado é de 59% e na Grande SP de 57,6%. 

Segundo Gorinchteyn, a perspectiva é que a daqui aproximadamente duas semanas haja uma redução do número de óbitos.

O Ministério da Saúde registrou hoje 22.048 novos casos e 703 mortes por Covid-19. São Paulo segue como o estado com a maior incidência do vírus, com 628.415 casos e 25.151 mortes.

(Edição: Sinara Peixoto)

 

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