Polícia cumpre mais de 100 mandados de prisão no RJ por violência contra mulher
Operação Athena terminou com 56 pessoas presas
Equipes da Polícia Civil cumprem nesta quinta-feira (13) mais de 100 mandados de prisão em todo o estado do Rio de Janeiro. Os alvos da Operação Athena, foragidos da Justiça, são acusados de violência contra a mulher.
A operação terminou com 56 pessoas presas em diversas regiões do estado do RJ, como Costa Verde, Baixada Fluminense, Região Metropolitana e capital.
A ação de hoje não inclui agressores foragidos em comunidades em razão da restrição imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que proíbe as operações policiais em comunidades do RJ durante a pandemia de Covid-19.
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A operação é coordenada pelo Departamento Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM), com a participação das 14 Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (DEAMs) e apoio das delegacias da capital, da Baixada Fluminense e do interior.
Redução no número de ocorrências
Dados mostram que, em 2019, houve uma redução no registro de ocorrências, em alguns casos de até 50%. Por outro lado, houve um aumento da violência contra a mulher.
De acordo com a diretora do DGPAM, delegada Sandra Ornellas, “somente em 2019, as DEAMs indiciaram 16.703 autores de violência doméstica e familiar de diversas formas contra mulheres, além de solicitar 20.930 medidas protetivas de urgência”.
Ornellas afirmou que “segundo o Monitor de Violência do Instituto de Segurança Pública (ISP), a redução do número de registros não significa que a violência contra a mulher esteja diminuindo, mas que pode haver subnotificação neste período de pandemia”.
14 anos da Lei Maria da Penha
Na sexta-feira (7), a Lei Maria da Penha, um marco no combate à violência contra a mulher, completou 4 anos. No entanto, esse crime continua fazendo vítimas no país.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, o número de casos de feminicídio cresceu 2,2% entre março e maio de 2020, comparado ao mesmo período de 2019, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(Com informações de Thayana Araújo, da CNN, no Rio de Janeiro)