Primeiro fim de semana de flexibilização no Rio começa com movimento na zona sul
Alguns banhistas desrespeitaram as regras e foram para a praia de Copacabana


O sábado no Rio de Janeiro foi de sol, com temperatura beirando os 30 graus, e movimento na orla da zona sul. Em Copacabana, muita gente foi ao calçadão praticar exercícios físicos, a maioria de máscara. Movimentação também nos quiosques. Já na faixa de areia a frequência foi menor. Mesmo assim, alguns banhistas descumpriram a proibição e permaneceram na praia, sem a proteção facial. Alguns praticantes de esportes coletivos, como o beach tênis, foram flagrados pelas esquipes da CNN.
O Rio vem de duas semanas de medidas restritivas e dez dias de recesso sanitário. No período, a Secretaria de Ordem Pública aplicou 996 multas a bares, restaurantes e ambulantes. Além disso, 190 estabelecimentos e festas foram fechados.
Nesse primeiro fim de semana de flexibilização na capital fluminense, bares, lanchonetes, restaurantes e quiosques da orla já começaram a receber clientes presencialmente. O consumo será permitido nos estabelecimentos para pessoas sentadas. O distanciamento entre as mesas permanece obrigatório e o horário limite de funcionamento é às 21h. As equipes de fiscalização continuam atuando. Só na sexta-feira (9) 45 multas foram aplicadas a bares, restaurantes e ambulantes e 26 estabelecimentos foram fechados.
Depois da flexibilização, os setores de serviços e o comércio também já começaram receber clientes, mas com escala no expediente. O mesmo acontece com o comércio. O escalonamento dos horários é para evitar aglomerações nos transportes coletivos.
Além disso, museus, galerias, cinemas, circos, aquários e zoológicos têm visitação permitida entre 12h e 21h. Clubes sociais e esportivos podem funcionar até 21h.
A liberação aconteceu porque o número de atendimentos nas redes de urgência e emergência de pessoas com sintomas de síndrome gripal caiu em torno de 15%, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Algumas medidas de restrição de nível muito alto continuam em vigor, no entanto. Além da proibição da permanência de banhistas, o comércio ambulante nas areias das praias está vendo até pelo menos até 19 de abril, assim como o estacionamento na orla e a permanência nas ruas da cidade entre 23h e 5h. Eventos, boates, feiras especiais e a permanência em parques e cachoeiras também estão proibidos.
Neste sábado, depois da vacinação do vice-prefeito do Rio, Nilton Caldeira, na quadra do bloco carnavalesco Cacique de Ramos, em olaria, na zona norte da cidade, o prefeito Eduardo Paes voltou a comentar sobre a flexibilização. “Existem restrições ainda: não tem festa liberada, restrição de circulação à noite. Então essa flexibilização mínima é para que cidade possa voltar andar. Mas esse relaxamento não é um relaxamento total em qualquer necessidade a gente vai voltar a ter mais restrições”, explicou Paes.
Flexibilização em Niterói
Na contramão da capital, Niterói, na região metropolitana do Rio, prorrogou as medidas restritivas até o dia 18 de abril e as tornou ainda mais rígidas. O decreto municipal estabelece que “a saída da residência deve se dar apenas por motivos de trabalho, compra de gêneros alimentícios, ida a farmácias, por motivos médicos o para ida a estabelecimentos cujo funcionamento esteja permitido, por conta de atividade permitida”, diz um trecho da publicação.
Sobre a posição da cidade vizinha, Paes disse que conversou com o prefeito Axel Grael na quarta à noite e que Niterói tem, no momento, números piores. Ele explicou que os dois prefeitos estavam cientes das recomendações de cada município, mas vão seguir de acordo com as peculiaridades de cada cidade.