Remédios destruídos em incêndio no Hospital de Bonsucesso custavam R$ 600 mil
Medicamentos iriam para o lixo porque estavam vencidos
Uma remessa de medicamentos com um custo aproximado de R$ 600 mil foi totalmente destruída durante o incêndio no Hospital Federal de Bonsucesso no último dia 27 de outubro. Imagens obtidas pela CNN mostram os remédios e equipamentos sendo descartados dias antes da tragédia.
Apesar da destruição causada pelo incêndio, a CNN apurou que o lote de remédios queimados já estava vencido, não constavam no sistema do Hospital Federal de Bonsucesso e tampouco foram reaproveitados em outras casas de saúde do governo.
Nos vídeos é possível ver que muitos desses medicamentos poderiam ser aproveitados em outras unidades hospitalares antes da validade do prazo e mostra desperdício de gastos da unidade. Apenas um cateter inutilizado pelo incêndio custou R$ 1.000 aos cofres públicos.
A CNN também mostra que antes mesmo de irem para o lixo, esses medicamentos ficaram destruídos após o fogo destruir parte do prédio onde os medicamentos para descarte estavam guardados.
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Após a denúncia, o Ministério da Saúde informou que a atual gestão está apurando os fatos. “Já foi verificado que se trata de imagens antigas, referentes a administrações anteriores”, afirmou a assessoria.
O incêndio que consumiu uma ala do hospital, deixou até o momento 16 vítimas fatais, que acabaram não resistindo após a transferência de unidade. Uma parte do hospital fechou no dia 1º de novembro e os funcionários da unidade entram em férias coletivas com exceção de 22 médicos dos setores de Nefrologia e Transplante.
O Hospital Federal de Bonsucesso conta atualmente com 3.500 profissionais entre servidores e médicos estatutários e mais dois mil profissionais terceirizados. Esses últimos estão a cargo de cada empresa contratante. A unidade é a maior de saúde do Rio de Janeiro em volume de atendimentos e no início da pandemia chegou a ser anunciada como futura referência para a Covid-19.
