Retorno das aulas presencias na rede pública do DF é adiado

Retorno estava previsto para o dia 31 de agosto e, com a nova decisão, não há data para que isso ocorra

 

O governo do Distrito Federal anunciou, nesta quarta-feira (19), adiar o início das aulas presenciais no ensino público. O retorno estava previsto para o dia 31 de agosto e, com a nova decisão, não há data para que isso ocorra.

Em coletiva nesta tarde, o secretário de Educação, Leandro Cruz, afirmou que o adiamento foi acertado com as 680 escolas em reunião na manhã desta quarta. “Apesar de as escolas estarem prontas para o retorno, não achamos que esse é o momento mais indicado, então está suspenso o retorno para o 31 de agosto”, declarou. 

O secretário disse ainda que volta das atividades só vai acontecer quando houver “condições epidemiológicas perfeitas para isso”. De acordo com a pasta, a medida foi tomada como forma de precaução, para evitar o aumento de contaminações pela Covid-19 a partir do convívio de crianças, adolescentes e adultos no ambiente escolar.

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O retorno das atividades no fim do mês seria em sistema híbrido, sendo metade das aulas presencial e o restante, remota. Leandro Cruz afirmou que o ensino remoto hoje é uma realidade que tem dado certo. “Nós temos hoje aula remota com condição de atender aos nossos estudantes, então nós tomamos a decisão como preservação da vida, da saúde dos profissionais de saúde, dos estudantes, e dos seus familiares, como a garantia do retorno as aulas e o reforço do sistema remoto de ensino.” 

Cerca de 470 mil estudantes estão cadastrados na plataforma de ensino do GDF Escola em Casa DF. De 13 de julho até 17 de agosto, ocorreram 4.384.917 acessos de estudantes e 798.302 por parte de professores. A Secretaria de Educação está em processo para retomar as tele aulas, trabalhando nos preparativos para o processo de contratação dos canais de televisão e com a publicação do edital de chamamento público às operadoras de internet móvel.

Ensino privado

O governo do Distrito Federal deu autonomia às escolas privadas para determinar o calendário, independente do funcionamento do ensino público, desde que respeite as medidas de segurança determinadas pelo decreto do Governador Ibaneis Rocha. Porém, a volta das instituições particulares está suspensa por decisão judicial e nesta quinta-feira (20) haverá uma audiência na justiça do trabalho para definir a situação.

Na coletiva, o secretário de Educação afirmou que não fará nenhuma recomendação para não interferir na decisão. “Em primeiro lugar tem que respeitar a decisão judicial, em segundo lugar, deixaremos a mediação entre a escola privada e as famílias contratantes desse serviço”._

De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Saúde nesta quarta-feira (19), o Distrito Federal registrou 140.593 casos confirmados para o novo Coronavírus e 2.133 mortes.

 

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