Rodízio ampliado em São Paulo reduziu em 1,5 milhão o número de veículos

Em contrapartida, cresceu em 6,2% o número de pessoas que utilizaram os ônibus municipais entre os dias 11 e 14 de maio

O novo rodízio de veículos implantado pela prefeitura de São Paulo, com início na última segunda-feira (11), reduziu em pelo menos 1,5 milhão o número de pessoas circulando de carro na primeira semana de vigência, segundo dados divulgados pela prefeitura nesta sexta-feira (15). Com a medida, houve o registro de 69 mil pessoas a mais utilizando o transporte público na capital paulista.

Os números, levantados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), fazem uma comparação com a semana anterior à implantação do rodízio e, apontam a redução de ao menos 1.550.000 veículos por dia na cidade.

O volume diário de veículos nas ruas da cidade, que em tempos normais varia entre 6,5 e 7 milhões, chegou a 3,7 milhões na semana passada, em pleno período de quarentena. Com o rodízio emergencial iniciado nesta semana, o maior volume diário foi de 2,2 milhão de veículos. Uma redução de mais de 40%.

Leia também:

Justiça nega pedido para suspender rodízio ampliado de veículos em São Paulo

66 cidades de São Paulo tentaram flexibilizar regras de isolamento social

Transporte público 

A SPTrans informou que, desde o início do rodízio, colocou mais 1.600 ônibus em circulação para atender a população que precisa se deslocar durante a quarentena. Com o reforço no transporte público, a frota nas ruas chegou a 65,5%.

Além disso, a média de aumento de pessoas que utilizaram os ônibus municipais entre 11 e 14 de maio foi de 6,2%, o que equivale a 69 mil pessoas a mais por dia.

A SPTrans ressalta que as equipes de campo monitoram a movimentação de pessoas e faz os ajustes necessários para adequar a frota à demanda.

Pedido de suspensão do rodízio

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo(TJ-SP) negou na terça-feira (12) um pedido para suspender o rodízio ampliado na capital paulista.

Para a juíza Celina Toyoshima, que assina o documento, não há ilegalidade na medida e não cabe ao Judiciário intervir nas providências determinadas pelo poder público para conter a pandemia da Covid-19.

A decisão responde a uma ação protocolada pelo vereador Fernando Holiday (Patriota) na sexta-feira (8). Para ele, a ampliação do rodízio seria ilegal pela pretensão de “usar o rodízio de veículo para um fim não previsto em lei”.

Tópicos