1,8 milhão de testes rápidos de COVID-19 serão comprados com multa da J&F
Holding se comprometeu a destinar R$ 2,3 bilhões dos R$ 10,3 bilhões acertados como multa para projetos sociais


A J&F Investimentos e o Ministério Público Federal tiveram aval da Justiça para destinar R$ 26,7 milhões à Fundação Oswaldo Cruz. O dinheiro deverá bancar a compra de 1,8 milhão de testes para detecção do novo coronavírus.
No acordo de leniência, espécie de delação premiada para empresas, a J&F se comprometeu a destinar R$ 2,3 bilhões dos R$ 10,3 bilhões acertados como multa para projetos sociais. No último domingo, procuradores da força-tarefa da operação Greenfield pediram que parte deste valor fosse utilizado em medidas de enfrentamento à COVID-19. A Fiocruz solicitou ser a destinatária dos recursos.
Hoje, o juiz Vallisney de Souza, da 10ª Vara Federal em Brasília, homologou o acordo. Em contrapartida, a fundação terá de divulgar na própria instituição e nas redes sociais que a compra dos testes rápidos foi feita com recursos da Justiça Federal. A entidade também deverá prestar contas em 180 dias.
O acordo de leniência da J&F foi firmado em 2017 com o Ministério Público Federal. Até hoje, a holding não havia apresentado nenhuma entidade ou ação para repassar recursos previstos para projetos sociais.