‘Escolha de Tácio Muzzi nos tranquiliza’, diz presidente da ADPF

Edvandir Paiva, presidente da associação, avaliou o cenário da Polícia Federal a partir da nomeação desta quarta-feira (6)

Em entrevista para a CNN, nesta quarta-feira (6), o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, disse que a nomeação de Tácio Muzzi para assumir a Superintendência da PF no Rio de Janeiro tranquiliza a categoria. 

“A nomeação de Tácio é uma que nos tranquiliza um pouco. Nossa maior preocupação é com a credibilidade da corporação, então a nomeação e indicação de nomes para a equipe faz toda a diferença. Ele é o nome técnico e é visto internamente como nome natural para assumir qualquer Superintendência”. 

Questionado sobre se há alguma ligação entre Muzzi e membros do governo federal, Paiva ponderou. “Ele trabalhou em diversos setores dentro da PF. Para nós, não há qualquer notícia de ligação com o governo até o momento. Por isso consideramos um nome adequado”, explica.

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“Se nós fôssemos escolher, iríamos dizer que não é o momento para fazer trocas, principalmente no Rio de Janeiro. É natural que, quando um diretor-geral entra, troque sua equipe inteira. É normal que troque, mas a grande questão é que estamos no meio de uma batalha e troca de um contexto super traumático, com o ex-ministro da Justiça [Sergio Moro] apontando o Rio de Janeiro como motivo dessas acusações. Entretanto, havendo essa decisão, o Tácio é um excelente nome para esse momento para que, internament,e a PF tenha a certeza de que continuará fazendo os seus trabalhos”, completou.

O novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Rolando Alexandre de Souza, escolheu o delegado Tácio Muzzi como novo superintendente da organização no Rio de Janeiro. A assessoria de imprensa da Polícia Federal do RJ informa que a nomeação ainda não foi conformada oficialmente.

O nome de Muzzi, que substituirá Carlos Henrique Oliveira – promovido a número dois da PF – não aparecia na lista de cotados para assumir a chefia regional da PF.

Ele já havia ocupado a função de forma interina no ano passado depois da crise, em agosto, motivada pelo desejo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de trocar a chefia da superintendência – na época, ocupada por Ricardo Saadi.

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