Alckmin descarta candidatura em 2020, mas cita ‘provável’ retorno em 2022
Ex-governador de São Paulo fará campanha neste ano pela reeleição do prefeito Bruno Covas (PSDB)


Em 2018, Geraldo Alckmin obteve o pior desempenho presidencial para um candidato do PSDB desde a criação do partido, 30 anos antes. Em entrevista exclusiva à CNN, o ex-governador diz que está fora das urnas nas eleições municipais deste ano, mas deixa em aberto um retorno para 2022.
“Em 2022 é muito provavel que a gente volte. Na vida não basta viver, é preciso conviver e participar”, disse o ex-governador. Para 2020, ele relembra seu passado ao lado do ex-governador Mário Covas e promete se engajar na campanha do prefeito Bruno Covas (PSDB) à reeleição.
“Aprendi muito sobre essa metrópole, essa cidade apaixonante. Vou ajudar com o Bruno como puder”, disse. Segundo apuração da CNN, o ex-governador rejeitou convite para concorrer a uma vaga de vereador e assumirá a coordenação do programa de governo de Covas.
Na entrevista, Geraldo Alckmin se defendeu da decisão da Polícia Federal de indiciá-lo em investigação da Operação Lava Jato em São Paulo.
“As minhas campanhas tanto de 2010, tanto de 2014, quanto de 2018, foram rigorosamente dentro da lei”, disse. Alckmin falou que tem “dever de prestar contas”, mas questionou a condução da investigação. “Não fui nem sequer ouvido, mas vou prestar contas”.
Eleições 2018
Alckmin falou, na entrevista, sobre a sua visão do resultado das eleições de 2018. Ele atribui o resultado ao que viu como transformação da eleição em uma espécie de “plebiscito”, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) encarnando a opção contra a volta do PT.
“Quem pode ganhar do PT é o Bolsonaro, vamos votar nele”, diz, explicando qual avalia ter sido o raciocínio dos eleitores.
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Alckmin também diz que a vitória do atual presidente representa a “falência” do atual modelo político e foi influenciada diretamente pela facada sofrida pelo então candidato em Juiz de Fora (MG).
2022
Alckmin não citou um cargo ao qual poderia concorrer. Em sua carreira política, seus sucessos se concentraram em candidaturas para o Palácio dos Bandeirantes, eleito governador em 2002, 2010 e 2014. Ele tentou ser prefeito da capital duas vezes e presidente outras duas vezes, sem sucesso.
Ao mencionar os possíveis postulantes ao Planalto pelo PSDB, Alckmin citou os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Para o Bandeirantes, uma construção que vem desde 2018 é aquela em que o PSDB apoiaria o atual vice-governador Rodrigo Garcia em troca da adesão do DEM aos planos presidenciais de Doria.