Alerj aprova projeto com medidas para evitar ‘vacina de vento’
De acordo com texto, todo o procedimento de vacinação deve ser feito na frente da pessoa imunizada


A Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) aprovou nesta quarta-feira (26) um projeto de lei que determina que médicos, enfermeiros e agentes de saúde adotem medidas de transparência durante a vacinação.
O governador do estado, Claudio Castro (PSC), terá até 15 dias para sancionar ou vetar o texto.
A proposta, de autoria do deputado Márcio Canella (MDB), estabelece que todo o procedimento para vacinação deverá ser feito na frente da pessoa que estiver sendo imunizada e de seu acompanhante ou responsável, mostrando e especificando cada passo adotado.
Canella justifica que a medida é para evitar equívocos. “Com a vacinação avançando no estado, temos assistido estarrecidos a erros de procedimento na aplicação do imunizante, levando alguns profissionais da saúde a aplicarem vacinas com seringas vazias em idosos e, em outros casos, a não injetar o imunizante. Estes casos poderiam ser facilmente evitados com a adoção de um protocolo que garanta a correta aplicação da dose da vacina”, afirmou.
O estado registrou casos de profissionais que teriam simulado a aplicação da vacina contra Covid-19, a chamada “vacina de vento”.
O frasco contendo o imunizante deve ser apresentado, permitindo a leitura do rótulo. Também é obrigatório mostrar a abertura da embalagem e a acoplagem da agulha descartável ao frasco. Após a vacinação, a seringa deve ser descartada na frente de quem estiver sendo imunizado. Caso o procedimento não seja seguido, se pode recorrer ao auxílio das forças policiais para exigir o cumprimento.
Além disso, todo o procedimento poderá ser gravado ou fotografado. A medida também se aplica quando a vacinação estiver sendo realizada no sistema de drive-thru ou em outros processos semelhantes.