Auditoria do TCU rejeita pedido para cassar salários de Moro
Moro está recebendo os salários que lhe cabiam como ministro da Justiça porque, pela lei, é obrigado a cumprir quarentena depois de deixar o posto


A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) se manifestou contra o pedido para cassar os salários do ex-ministro Sergio Moro (Justiça) sob a alegação de que ele passou a acumular vencimento por ter, depois de deixado o governo, passado a atuar como colunistas de veículos de comunicação.
Em extensa manifestação, a auditoria da corte não só disse que o pedido para sustar os salários de Moro é improcedente, como também acolheu alegação dos advogados de defesa do ex-juiz de que o ministro que deve relatar o caso não é Bruno Dantas, que neste momento conduz a apuração.
Segundo a auditoria do Tribunal de Contas da União, o pedido de suspensão dos salários de Moro, formulado pelo Ministério Público de Contas, é improcedente.
Moro está recebendo os salários que lhe cabiam como ministro da Justiça porque, pela lei, é obrigado a cumprir quarentena depois de deixar o posto. O ex-ministro formulou uma consulta ao Conselho de Ética da Presidência e foi liberado para atuar como colunista em veículos de comunicação.
Para o Ministério Público de Contas, a atuação como colunista teria desvirtuado o sentido do pagamento da quarentena, interpretação que não foi acolhida pela área técnica do TCU.
A auditoria sugeriu o arquivamento do caso.
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