RJ: Benedita da Silva quer aumentar Bolsa Família em R$ 100 e criar moeda social
Candidata à prefeitura pelo PT afirma que faltou gestão dos prefeitos anteriores com relação a programas sociais e é contra a redução do auxílio emergencial
Em entrevista à CNN, a candidata à prefeitura do Rio de Janeiro Benedita da Silva (PT), disse que, se vencer a disputa municipal, vai focar na questão do desemprego, com base em projetos de revitalização, como na Avenida Brasil e do centro da cidade. Segundo ela, eles devem gerar cerca de 100 mil empregos para atender o meio ambiente, segurança e outras modalidades.
Questionada sobre o tratamento de esgoto no município, a candidata afirmou que o que existe hoje é uma situação de abandono deixada por governos anteriores. “Os que governaram essa cidade deixaram de cumprir o seu papel nos acordos que fizeram”, disse.
“Eles não cobraram o suficiente da Cedae [Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro] para que ela pudesse fazer o saneamento básico da cidade.” Benedita destacou que é preciso “exigir que os serviços sejam prestados às comunidades e no asfalto”.
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Com relação aos moradores das favelas da cidade, ela afirmou que vai “fazer o que o [o atual prefeito, Marcelo] Crivella não fez, o que o governo federal está sucateando, tirando os recursos do meio ambiente, e dos que antecederam o Crivella”. A candidata declarou também que é importante garantir a saúde na cidade e ter trabalhadores qualificados nessa área.
Benedita disse ainda que faltou gestão dos prefeitos anteriores com relação a programas sociais no Rio de Janeiro e destacou que é contra a redução do auxílio emergencial. “Precisamos ampliar esses benefícios. Vamos criar moeda social carioca, acrescentar R$ 100 ao valor do Bolsa Família, tratar desse recadastramento para fazer com que essas pessoas voltem ao mercado de trabalho.”
Saúde pública e segurança
Questionada sobre como administrar a saúde pública no Rio de Janeiro, diante dos escândalos recentes ligados à contratação de organizações sociais (OSs), ela afirmou que a prefeitura precisa revisar contratos abusivos, retirar as OSs, trabalhar com a Empresa Pública de Saúde do Rio de Janeiro (RioSaúde), a qual que poderá fiscalizar e realizar as compras de produtos e equipamentos, fazer concurso público, reabrir as clínicas da família e acabar com as filas para diagnósticos e consultas médicas.
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Com relação à atuação das milícias na capital fluminense, a candidata declarou que a “prefeitura não deve se ausentar, como se ausentou, na fiscalização de construções irregulares, de dar licença para puxadinhos”. Ela também disse que é preciso dar segurança às pessoas para que toquem seus negócios, tenham luz, internet, entre outros serviços. “Quando você dá essa segurança para a população e o poder público se apresenta, não tem como nenhuma outra força estranha àquele elemento em conjunto entrar.”
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Covid-19
Questionada sobre a pandemia do novo coronavírus, ela afirmou que o foco, se eleita, será a testagem em massa, para garantir que o comércio funcione e que as pessoas sejam protegidas. “Vamos buscar conselho médico para dar à cidade mais segurança enquanto não chega a vacina.”
Ela disse ainda que as escolas da cidade só vão reabrir após um consenso entre professores, alunos e o conselho de medicina, que deve acompanhar esse processo.