Bolsonaro e Doria batem boca em reunião; veja

 
Em videoconferência com governadores do Sudeste na manhã de hoje (25) o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discutiu com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP).

Doria disse ao presidente:

“Tem que ser um mandatário para comandar, para dirigir, para liderar o país e não para dividi-lo.”

O presidente respondeu:

“Agradeço as suas palavras, seu governador. Completamente diferente e dissociada das eleições em 2018, onde vossa excelência apoderou-se do meu nome para se eleger governador. Acabou as eleições, como fizeste com dois no passado, que se elegeram para a prefeitura, vira as costas e começa a atacar covardemente aquele que emprestou o seu nome para a tua campanha e não de forma voluntária.”

Bolsonaro continuou:

“Guarde essas tuas observações, porque agora nas eleições de 2022. Nós aqui temos responsabilidade. Desde o final das eleições de 2018 vossa excelência assumiu uma postura completamente diferente daquele que teve comigo até por ocasião do meu pronunciamento. Subiu a sua cabeça a possibilidade de ser o presidente da república. Não tem responsabilidade e nem tem altura pra criticar o governo federal.”

Depois, Bolsonaro concluiu:

“Vossa excelência não é exemplo pra ninguém. Não aceito em hipótese alguma essas palavras levianas como se vosse excelência fosse o responsavel por tudo que acontece de bom no Brasil e acusa levianamente esse presidente que trabalha 24 horas por dia.”

 

Repercussão

Após a divulgação do vídeo, o governador classificou, no Twitter, como “decepcionante” a postura do presidente

“Recebi como resposta um ataque descontrolado do presidente. Ao invés de discutir medidas para salvar vidas, preferiu falar sobre política e eleições. Lamentável e preocupante. Mais do que nunca precisamos de união, serenidade e equilíbrio para proteger vidas e preservar empregos.”

A reunião foi feita por vídeoconferência e incluiu outros governadores do Sudeste.

Doria deu uma entrevista coletiva em São Paulo pouco depois da reunião e disse que os atos de Bolsonaro “não se amparam em protocolos da OMS”. 

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